quarta-feira, 24 de setembro de 2008

À procura de uma geração


Estava lendo essas Cosmopolitans da vida e um artigo me chamou muito a atenção. Uma jovem, de seus 27 anos, dizia que era da geração Sex and the City. Já achei estranho daí, dado a idade dela, o ano de produção da série e patati-patatá. Mas continuei a ler o breve texto que ela dizia que apesar de ser independente, bonita, alegre, sociável, divertida e bem sucedida, não tinha ninguém que se interessasse por ela, e ainda argumentou se não seria por conta disso tudo, ou seja, se os homens não preferem as Amélias às Carries da vida.

Eu acompanho Sex and the City, tenho todas as temporadas, já li o livro e toda aquela coisa de quem realmente gosta da série. A questão é que não sou da geração Sex and the City. Até porque quando a vi pela primeira vez era algo escondido que passava nas madrugadas da HBO. Fui redescobrí-la aos 20 anos, quando tive dinheiro pela primeira vez para comprar um box. O problema não é a geração, não é a independência ou dependência, não é a mudança, não é o feminismo (depois de uma amiga minha me mostrar tanto isso, acabei aceitando a idéia). Nós nos transformamos com o tempo, nós passamos a acompanhar o mercado e tudo que acontecia a nossa volta. Os homens são os mesmos.

É lógico que eles vão preferir alguém que aceite tudo, seja carinhosa, aguente seu stress e que JAMAIS seja uma ameaça a ele. Como conviver com alguém que se disputa o mesmo lugar no trabalho? Óbvio que deve existir uma parcela considerável de casais que conseguem conciliar tudo isso. Mas a vida não é uma série. Não existem Mr. Bigs.

A autora do livro Candance Bushnell mesmo diz que o Mr. Big é um homem idealizado. Afinal, que mulher não queria um homem mais velho, charmoso, bem sucedido, que fumasse charuto e escutasse jazz? Ok, nem todas devem pensar como eu. Mas toda a idealização de um amor é refletida em uma pessoa. Daí, podemos tirar que não é que os homens prefiram as Amélias.

A educação que tivemos foi a de jamais depender de alguém, que cozinha é o lugar de comer, jamais cozinhar; que suas roupas podem ser lavadas na máquina. E o homem continuou sendo servido pela mãe, soltando pipa na porta de casa e aprendendo com o pai o papel de prioridade da casa. Nós mudamos e assustamos. Os papéis se inverteram. As mulheres alfa procuram por homens beta, aqueles que sabem cozinhar, limpar e servir.

E, sinceramente, eu vivo em uma encruzilhada como a garota do artigo. Como ser independente sem assustar? Como viver de acordo com o mundo das business women sem competir com os homens? Ou simplesmente buscamos o amor no lugar errado? Acho que a grande pergunta talvez seja: Onde está o amor?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu também tenho uma tribo


Às vezes os estereótipos me cansam. Tá, às vezes não... Quase sempre. Sabe aquela coisa de você ser de um jeito ou se vestir de outro só para fazer parte de um ambiente?? Pois é. E, ainda que eu tenha 20 e poucos anos, Fábio Jr. não me avisou que isso ainda ia existir. Depois dizem que sou velha quando na verdade só sou como sou e aonde vou eu acho a minha saída, parafraseando grande ícone da música pop brasileira, Polegar.

Meu curso me obriga a encarar diariamente esse padrão de vestes. Quanto mais colorido mais dentro você está. Quanto mais monocromático, mais excluído vai ser. Não, estou sendo maldosa. Você vai achar outras pessoas monocromáticas e vai formar um clube dos monocromáticos. Porque parece uma necessidade humana se agarrar àqueles que se parecem com você. Identidade, concordo. Mas há banefícios em todos os grupos.

Hoje não sofro dessa busca por uma tribo talvez por ter passado por todas quando era adolescente. Aos 12 eu parecia menino de bermuda ou macacão e, acreditem, boné estilo Sérgio Malandro. Aos 14, me virei para o lado pequena-Patrícia, com sapatinhos, tênis all-star rosa e tudo combinado. No segundo grau fui hippie, roqueira e skatista. No cursinho, eu era aquela sem tribo, sem identidade e sem rumo. Na faculdade, fui achando que ser sem tribo, sem identidade e sem rumo era a minha tribo.

Por isso, quando enxergo daqui uns 5 anos, tempo em que a maior parte das pessoas da minha geração vão estar trabalhando, penso se eles vão continuar se vestindo padronizados, estilo ABNT mesmo. Porque cá entre nós, essa coisa de admirar o jeito que uma pessoa se veste é bacana. Daí a copiar, é um salto. No máximo, inspirar.
Eis algumas sugestões de estilos padronizados: os óculos na cabeça, bermuda estampada e blusa pólo é um conjuntinho super básico. A argola com diâmetro do pescoço, a calça skinny, bata estampada e sandália plataforma idem. A blusa vermelha, com calça jeans, sapato verde e óculos de acetato brancos idem (2).

Faço lembrar que isso não é um julgamento e, sim, um retrato da geração 1985-1989. Não é que não seguir um grupo ou uma moda me excluem de fazer parte de uma tribo. Eu achei pessoas como eu e juntas formamos um clube. Às vezes, dependendo do dia e do humor, um pouco apático, com peças lisas e básicas. Mas na maior parte das vezes, procurando por mais adeptos ao estilo. Wanna come in?

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Eu procuro meu futuro


Depois de quatro dias, várias cochiladas e na segunda tentativa da minha vida, consegui terminar de assistir JFK - A pergunta que não quer calar, de Oliver Stone. Logo me explico: o filme é excelente, mas seu tempo passa das três horas e é pouca ação para muito assunto. E quando acaba, você se sente com um espírito de "eu-posso-ajudar-meu-país".

Para quem não sabe, a obra da sétima arte narra a história real de Jim Garrison, único advogado a abrir um processo contra os assassinos de John Kennedy. O super-ultra é a imagem amadora feito por Abraham Zapruder que mostra o exato momento do assassinato. E ao longo você percebe como ainda tem muito a ser contado por tudo que aconteceu. A frase que mais me marcou foi quando Kevin Costner fala, ao assistir a chamada da morte do ex-presidente americano, que aquele era o dia que ele teve vergonha de ser americano. Depois de ver e assimilar toda aquela história, não mudaria as suas palavras.

Não passo de uma revolucionária do sofá, com várias idéias, argumentos e posições mas que não move um nada para mudar o mundo. A minha posição é que os Estados Unidos criaram uma esfera em que se julgam onipotente. Criam guerras e omitem fatos. Existem aquelas coisas que morrerei sem saber se aconteceu realmente, como as famosas Teorias da Conspiração: o homem realmente pisou na Lua? O ataque às Torres Gêmeas realmente foi executado por ideais de Osama Bin Laden? Por que sabemos tão pouco? E se isso faz falta para uma brasileira, imagino para um norte-americano politicamente engajado.

Eu não acredito muito no que é mostrado. Concordo que como estudante de jornalismo fui programada a perceber que tudo não passa de um corte da realidade, em que prevalecem a visão e os interesses pessoais de quem transmite a informação. Mas certas situações não precisam dessa visão jornalística, são evidentes.

Ontem passou United 93, de Paul Greengrass, na Globo. Eu já o tinha assistido no cinema e quando o vi novamente, pensei em tudo que assisti em JFK e percebi como pouco chega a nós. Tenho de confessar que tenho medo do que ainda pode vir com base no que já foi.

O Brasil passou por situação semelhante durante o período da Ditadura Militar, em que vários documentos foram escritos erroneamente de forma a favorecer o Governo brasileiro e outros ainda foram destruídos. Há alguns anos vimos que muitos desses escritos foram queimados. Eu aprendi na quinta série que História serve, com base analítica do passado, para entender o presente. Se o presente é omitido e o passado é apagado, o que podemos esperar de história no futuro?


sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dinheiro na mão é vendaval... é vendavaaaaallll


Cara leitora, se você tivesse $10.000 réis em suas mãos neste exato momento, o que faria? Pois é, eu caio nessa pegadinha. Descobri que não sou nem um pouco alfa quando o assunto é dinheiro. Muito pelo contrário. Eu digo o que eu faria: viajaria para algum lugar do mundo e traria quantos perfumes esse dinheiro desse. Eu sei. A nova mulher investiria na Bolsa. E se eu te contar que não sei nem como ela funciona?


Não me classifico como um ser consumista, afinal não gasto mais do que tenho. Mas poderia dizer que sou meio ultrapassada quando a questão é poupar. Os porquinhos funcionam muito melhor que a poupança de banco. Sou daquelas que se pudesse o dinheiro estaria embaixo do colchão.


Nem percam tempo em me julgar ou me dar qualquer aula sobre como poupar seu rico ganha pão. Não funciona comigo. E olha que já estou na idade de pensar nos investimentos.


Essa semana assisti a uma palestra com um rapaz, ainda jovem, que criou uma empresa na minha idade. Einstein já estava formado e publicaria a Teoria da Relatividade dentro de 3 anos. Et moi? Ha-ha, faz-me rir.


Percebi que não tenho nenhuma veia empreendedora. E olha que eu acreditava nisso há dois anos. E a cabeça embaralhada só sugere idéias descartáveis ou de curto prazo. Vai, me diz que não sou a única a passar por essa crise dos 20 e poucos anos!? Por que não dei mais atenção ao Fábio Jr. ao invés de ter me concentrado na crise dos 30 com Bridget?!


E o pior é que, como se não bastasse, ainda sou exigente! Mas pode? Não estou em condições nenhuma de fazer pedidos ou botar banca, e ainda assim faço. Não posso nem dizer que aceito qualquer coisa, ainda espero aquela agradável oferta que me faça pensar que minha carreira ainda tem vida e que eu possa lucrar algo com ela.


Sem capital nem para estimular meus planos Bs. Eu juro que se nada der certo, eu leio Augusto Cury. Aplico meu dinheiro em algo menos efêmero que perfumes e mudo de vida. Ok, só preciso do primeiro investimento.


Mayday, Mayday, Houston! I think we have a problem!


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Minha fase "mamãe-tenho-80-anos" (texto migrado)


Estou numa fase completamente nostálgica, não pelo que vivi mas pelo que não vivi há 70 anos. O primeiro sintoma, leitor, é fácil identificar: você já não reconhece as músicas pops da rádio. Não satisfeito, cantarola Billie Holiday, Nina Simone e Frankie (o Sinatra) pelas ruelas de sua cidade. Sem o chacoalho das ancas pois não quer se passar por fácil demais aos pãezinhos da cidade. O segundo sintoma são os filmes. Ah, esses benditos colorem, ou melhor, tiram o colorido de suas tardes (e de sua TV).

Enfim, adquiri um box da Bette Davis (que não inclui A Malvada, vou logo adiantar). Decidi assistir o primeiro pois ia passar um filme de faroeste no TCM, e este é o único canal que estou assistindo no momento, com direito a I Love Lucy de madrugada. Como seria uma tarde longa, sem muitos afazeres, escolhi o com maior tempo de duração: 2h 30 min. Então aguardei a saída triunfal de minha irmã ao estágio e ocupei sua sala como um Hitler em qualquer país europeu.

Atenção, o filme já vai começar. Warner Bros Pictures tem o prazer de apresentar A Vaidosa (Mr. Skeffington), de Vincent Sherman. Uma mulher rica e desejada (Bette Davis, obviamente), um primo conselheiro, um irmão desajustado, vários pretendentes e oh! O Sr. Skeffington. Vou tentar resumir o filme: Fanny (a tal mulher desejada e Bette Davis) é extremamente vaidosa e mora com seu irmão, que rouba da empresa do Sr. Skeffington. Ela, com a esperança de dar um futuro melhor a ele, casa-se com o ricaço. O sábio George gosta muito do cavalheiro com a esperança de que os intrusos que pedem a mão de Fanny em casamento sumam da mansão. Que nada! Eles continuam a perturbar a residência. A vaidosa e o sr. Skeffington têm uma filha, a Fanny Filha.

No entanto, a garotinha não nasceu com a beleza da mãe. Fanny-mãe continua dando trabalho ao marido com as propostas de casamento. Neste meio tempo, o irmão dela morre na guerra e ela passa a culpar o ricaço pelo ocorrido. Assim, o rejeita de tudo quanto é forma e ele parte em busca de aventuras amorosas. Quando ela descobre, se separa do bondoso, porém danado sr. Skeffington e este parte em rumo de suas origens judias na Europa durante a temida Segunda Guerra Mundial.

Não deu outra: acabou em um campo de concentração e Fanny-mãe com uma difteria. Dessa forma, ela perde sua beleza (palmas para a maquiagem que realmente envelheceu Bette Davis em uns cinquenta anos depois de deixá-la mais bonita que a Imperatriz Sissi) e seus pretendentes. Acaba humilhada por sua filha casar com o rapaz mais jovem que ela estava envolvida antes da doença. Sozinha, recebe a surpresa visita do sr. Skeffington e (pasmem!!) ele está cego.

George, o primo conselheiro, termina o filme com a abstração que todos poderiam ter: Para ele, ela continuará sempre linda. Assim, a corneta anuncia o The End da história. O filme é extremamente interessante, seja pelos recursos técnicos usados ou mesmo a trama envolvente. Uma ótima pedida para os admiradores dos clássicos.
Foto: videodetective.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Essas músicas...

Nesses pensamentos criativos que às vezes permeiam a mente humana, abstraí algo relevante para meu blog. Sim, caros leitores. Ainda não apareceu aquela idéia para salvar o mundo. Enfim, escutando a trilha sonora de um filme, percebi que não são essas peças de sétima arte que nos transportam para um mundo em que o amor é perfeito e tudo é muito lindo. Aquela verdadeira história de amor. O happy ever after...

"There’s a smile on my face
For the whole human race
Why it’s almost like being in love"



Começa assim. Tudo é muito colorido, perfeito. Você pensa no ser amado praticamente todo minuto do seu ocupado dia. Por que não?



"Why not? take a crazy chance? Why not?"



Enfim, você é correspondida (o). A mágica está no ar para os amantes.



"Every little thing she does is magic
Everything she does just turns me on
Even though my life before was tragic
Now I know my love for her goes on"



Uh-la-lá! Daí já foi, amiga (o). Você está apaixonado! Aceite, viva, respire.
"Reste sur moi
Que je respire avec toi
Reste sur moi
Que je respire avec joie"



E essa paixão vira amor. Essa coisa que antes era apenas uma trave no peito agora é muito mais. Não é que você não consiga viver com aquela pessoa. Você simplesmente não imagina a sua vida sem a sua presença.
"I can't live if living is without you"



Só lhe resta dar aquele passinho final, aquele que te fará prometer perante a justiça ou qualquer zeus de sua vida esse amor incomensurável.



"I love you I do, I do, I do, I do, I do "



Ou simplesmente carregue a incerteza (ou certeza) de um amor utópico.



"Why do I wish I never played
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game"



E viva as músicas românticas! Peço perdão aos grandes admiradores das músicas brasileiras (também me incluo nesse rol) pela ausência de alguma sonoridade nacional. Da próxima faço uma versão verde e amarelo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eles também são um pouco de mim


Talvez eu me arrependa deste texto daqui alguns anos ou talvez ele me faça relembrar uma pessoa que pelo tempo pode estar diferente e não ter as mesmas sensações que tinha aos 23. Ou talvez essa seja só uma forma de desabafar, deixando um pouco a veia jornalística de lado e apresentando um pouco mais da Laura.

Enfim, todos que me conhecem sabem da paixão que tenho por cachorros. E qualquer um. Sou daquelas incovenientes que passam a mão na cabeça de um ser canino na coleira de alguém com pressa. Devido a uma casa com regras e limites, nunca tive muitos, mas os poucos que passaram na minha vida fizeram (e ainda fazem) toda a diferença.

1989. Quando completei quatro anos, surgiu o Radar na minha vida. Um tipo atleta que corria junto com meu pai, ótima forma, sério na sua maneira e uma mistura interessantíssima de chihuahua com pinscher. Sofreu muito nas minhas mãos quando era obrigado a brincar de ciranda com uma criança que acreditava que cachorros eram seres bípedes. Foi um cão viajado, família e atencioso. Daqueles que valem a pena lembrar como o nosso primeiro. Quando Radarzinho já estava com sete anos, decidimos que era hora de ele ter uma companheira. E ele mesmo quem escolheu.

1995. Nazila apareceu para mudar completamente minha teoria sobre cachorros. Ela é única. Saltava mais de um metro do chão (o que garantiria uma vaga em qualquer Olimpíada devido a ser uma pinscher não tão grande assim), ia com o focinho embaixo da sua mão quando você já não fazia mais carinho, te protegia de tal forma que você era capaz de acreditar que aquele ser de 20 cm poderia realmente cessar qualquer comportamento suspeito. Foi o cachorro mais peculiar que eu já conheci. E de uma forma extremamente positiva. Seu apetite voraz, sua crença de que era o macho da sua relação com o Radar, seu olhar pidão que te fazia ceder mesmo o último pedaço de pão. Tudo isso faz da Nazilinha a coisinha mais especial que pela própria escolha do Radar apareceu na minha vida.

2007. Radarzinho já com 18 anos, sem dentes, sem audição e um pouco de visão parte dessa para o limbo canino. E essa partida foi de uma serenidade tão grande que realmente foi a conclusão de tudo. Depois me apeguei demais à Nazilinha, seja pela falta que o Radar fazia em nossas vidas seja pela forma especial como ela me deu aquele apoio que só quem tem cachorro sabe do que eu falo.

2008. Nazilinha está com sopro no coração. E isso faz com que o sangue não circule muito bem, seus pulmões se encham de água e ela tenha dificuldade de respirar. Essa situação tem cinco dias e foi tão rápida que ainda é difícil assimilar a minha cachorra que há uma semana estava pulando em cima da minha cama e esta, que me olha de uma forma que não consigo explicar. E de uma forma que me faz entender como somos impotentes perante o sistema da vida.

Pode parecer um texto exagerado, mas é simplesmente aquilo que escrevo com uma dor que tento suprir com a presença do Monet, essa mistura de cocker com pinscher que nem eu entendi como chegou na hora exata. Eu só tenho a agradecer pela presença de seres tão minúsculos mas se tanta importância desde meus quatro anos. Nazilinha ainda está comigo em vida e daqui a pouco fará parte da Cassiopéia de minha vida.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Precisa-se de certeza desesperadamente

Mais de dois meses sem postar absolutamente nada. I miss it all... Mas sabem como é, vem as férias, com ela o ócio; com o final delas as aulas e com essas os trabalhos. E incluído totalmente de graça no cardápio da faculdade: as dúvidas, incertezas e loucuras.


Imagino que esse momento (crucial) de um curso deve ser difícil para mais da metade dos estudantes. Estou no meu penúltimo semestre e ainda não tenho idéia do que fazer da vida. E olha que desde pequena penso muito nisso. Já passei pela idéia de caixa de supermecado, bombeira, veterinária, administradora, publicitária e, finalmente, jornalista. E é trágico como mesmo ao final de um curso ainda bate a insegurança, aquela coisa do "será que é isso mesmo?", "seria eu uma jornalista?". Pois é, tenho tempo suficiente para pensar nas respostas e até agora não cheguei a nenhuma conclusão.


Mas como boa guardiã do bem, tenho Planos B. E acreditem, sempre precisamos dele. Eu só tenho a agradecer o leque de opções que essa área (que vos remete) tem a oferecer.

  • Não nasci de forma alguma para lecionar. Descobri isso quando brincava de escolinha aos 9 e ao ensinar minha mãe a mexer no computador. Mas ainda assim o Mestrado sempre é uma opção.
  • Manter as notas com uma média boa me rende chances de estudar no exterior. Mais um Plano B que talvez possa funcionar com concorrentes fracos e um dinheiro de sobra no bolso.

  • Arrumar um emprego indicado não chega a ser uma opção pois para isso dependo de um aquário, mas vas-y, um dia pode acontecer.

  • Pós-graduações são ótimas para aquelas pessoas que não arrumaram emprego ao se formarem. É sempre uma justificativa para o desemprego. Também é viável.

  • Posso também ser professora de inglês, mas essa opção entra dentro da primeira que justificaria um provável fracasso profissional.

  • E, claro, temos que ter nossos planos mirabolantes. Talvez uma carreira artística, um vídeo bem produzido para o Big Brother; uma chance no programa do Raul Gil; uma participação no Vai dar Namoro com algum famoso bonitinho; ser coadjuvante em algum programa regional, etc.

Como podem perceber, eu posso estar inativa, ser uma freela devagar, mas se tem uma coisa que eu não faço é descartar opções. E, obrigada, Max Gehringer.

Foto: http://artfiles.art.com/images/-/Karen-Watts/My-Despair-Poster-C12180059.jpeg

terça-feira, 10 de junho de 2008

Another single but completely day!


Ah, cara leitora. Eu compreendo. Mais um dia dos namorados e ninguém para ser abençoado pelos seus dotes femininos. Mas não se desespere. É verdade que se ainda não encontrou ninguém é porque a pessoa certa ainda não apareceu. Vale aceitar alguns sapos pelo caminho até achar seu príncipe.


É difícil andar pelos shoppings da cidade e encontrar amigas discutindo sobre o que dar para seus respectivos amados ou pessoas indecisas se ele (a) vale um presente ou se esse ano merece dois. Mas quando se está sozinha, você tem de aparecer. Da mesma forma que você passeia com sua mãe nesse dia tão triste para as desacompanhadas, pense na quantidade de homens que estão reunidos para conhecerem as vulneráveis em algum barzinho da cidade.


Não, não os estou recomendando, não vale tudo no amor. Muito pelo contrário: vale procurar a sua própria felicidade. Ele pode estar no dia 12 de junho desamparado, na padaria da sua rua, na sua faculdade, no seu trabalho, do lado da sua casa, no seu passado Independente se este dia te deixa inconsolável se sentindo a pior pessoa do mundo, pense nos piores exemplos (muito fáceis de achar) de pessoas que namoram pelo status de namorarem, sem ter a mínima simbiose com o ser amado. Aí vale a premissa do "antes só do que mal acompanhado".


Por isso, no dia 12 de junho, vista a sua melhor roupa. Sim, tire aquele vestido que você julga ousado demais para uma saída qualquer, bote na vitrola uma música bem alegre que mude seu dia; dance, dance, dance; piscadelas serão autorizadas apenas para aqueles que você não entende porque ainda estão solteiros. E pense: apenas 24 horas para a lamúria acabar. Mas outros 364 dias de pura felicidade. Go for fighting, girl!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dear Austen...

Faz tempo que não escrevo por aqui, mas acreditem, estimadíssimos leitores, pura falta de tempo. Estou com um segundo blog sobre cinema para uma matéria da minha faculdade (liveredcarpet.blogspot.com) e lá as atualizações são mais freqüentes até porque existe uma certa obrigação.

Enfim, em um passeio ontem encontrei um livro MUITO interessante. Quando vou na Livraria Cultura vou logo na seção da Jane Austen. Compro pouco, mas adoro só passar por lá. Parece que me sinto mais perto dessa vida 1800 e o real amor. Encanta os olhos de qualquer mocinha de filme. Só que nessa saída me surpreendi com um título: Dear Jane Austen - A Heroine's Guide to Life and Love, de Patrice Hannon. Nesta obra, ela usa frases de livros de Austen para responder perguntas inquietantes de leitoras fictícias. Eu sei, muito mulherzinha. Mas sabe, hoje tenho a certeza que precisamos de amores de 1800 na nossa vida.

Uma amiga minha talvez me crucifique por este post, mas não posso deixar de dizer que penso muito nessa nova sociedade feminista. Nós, mulheres, estamos incrédulas no amor simplesmente por ele não mais existir em sua essência real. Hoje, é muito fácil você arrumar um affair de uma noite mas e o seu happy ever after? Talvez não exista um Mr. Darcy charmoso, rico, atraente e apaixonado. Por outro lado, existe um José charmoso, rico, atraente mas que não quer nada com o amor.

Cara amiga, precisamos continuar persistindo. Austen nos mostra exatamente isso. Peguemos a famosa Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito. Uma mulher que não almejava um casamento, se divergia das mulheres de sua época por não ter os mesmos dotes e a mesma vaidade. Ainda assim encontrou o amor de sua vida. Temos de parar de enxergar os homens como uma ameaça. Vivemos sim, nossa emancipação feminina, queimemos nossos soutiens e tentemos viver nossa vida com os mesmo preceitos de Austen.

Podemos ter nosso espaço no mercado de trabalho ao mesmo tempo que construímos um lar. Precisamos acreditar que possa existir não um final feliz como nos livros, mas que a felicidade não é algo inatingível e que talvez esteja muito próxima neste exato momento. Pelo menos, eu preciso.
Foto: Jean-Honore Fragonard - The Stolen Kiss

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Viagens, viagens

É, eu sei. Um post inédito com relatos de uma viagem inesquecível. Viajar é sempre bom, nem que seja para algum passeio no Plano Piloto saindo de Taguatinga (quem conhece, sabe que é uma viagem). O destino aqui é além-mar. Pegue sua bagagem de mão, despache sua mala, compre sua cruzadinha que vamos para Madrid.

Ah, Madrid, Madrid. Superou qualquer expectativa pelos momentos, diversidade, culturas. E o espaço tem de ser a Gran Vía. Lá, você se acha um perdido no ninho por não ter mais de um piercing nos lugares inimagináveis do seu corpo. Você explora lojas populares, com muito a oferecer por um preço acessível (peço licença para um comentário: Quem converte não se diverte, então em euros era baratíssimo, mas vai converter em real, amigo...). Óbvio que tem os cantos de exploração turística como museus, praças (muitas), monumentos. E o museu tenho de dizer que o de Santa Sofia pela Guernica e o do Prado por Goya compensam qualquer entrada grátis ou meia para estudantes.



As praças surgem como um convite para o ócio que há dentro de todos. A Praça de Espanha com seu Dom Quixote e um Starbucks coladinho clamam por cinco minutos de parada. E a Mayor... Essa esconde segredos nas paredes de séculos e sua história. Pensar que lá foi palco das fogueiras da Inquisição é te remeter a um mundo desconhecido.



E como é de praxe, Madrid merece um top 5 momentos.

  1. Sem dúvida, escutar Feist com Mushaboom no meio da Praça Mayor em um momento de "vamos caminhar por aí" torna qualquer lugar inesquecível. E ainda valeu pelo pedaço de Gatekeeper.

  2. 8 de maio de 1808, de Goya. Me perdoem, mas supera qualquer Guernica.

  3. Show de Flamenco. Turista que se preze, assiste um flamenco original com músicas sofridas, batidas fortes de sapatos e sensualidade.

  4. Gran Vía, a qualquer hora do dia. Vale pela energia, diversidade, culturas. Pegue um Caramel Macchiato com um cookie e aprecie cada diferença entre os nativos e você, caro visitante.

  5. Restaurante Botín, o mais antigo do mundo. Parece que você percorre aquelas casas de bebidas dos filmes antigos. Pensar na quantidade de pessoas que passaram por ali até você chegar naquele espaço é se sentir um William Wallace combatendo a ordem do Prima Nocte.

*Foto: http://www.fotomadrid.com/

quinta-feira, 10 de abril de 2008

L'amour, pas pour moi

Sim, o amor é lindo. Mas também pode ser brega. E com esse pequeno manual, caro amigo, você vai evitar as terríveis gafes amorosas. E isso vale em qualquer meio: virtual, real e o surreal (porque tudo tem um limite e se você já o passou, aqui é onde você se encaixa). Esse post veio por meio de uma conversa com uma amiga sobre o que era brega no orkut e a primeira coisa que veio na minha mente foram as músicas.

Elas merecem um parágrafo à parte. E posso começar com a rainha da breguice Minnie Riperton com Lovin' You, uma ode aos corações apaixonados:

"Lovin' you is easy 'cause you're beautiful and making love with you is all I wanna do"

Sim, caros. Essa música existe, com direito à passarinhos alegres no fundo. Enfim, lembrar de uma pessoa encantada quando escuta a música - real - publicá-la como uma declaração -surreal. Isso é do tipo Whitney Houston ou Mariah Carey, são lindas para se pensar no amor, mas torná-los públicos é um pouco piegas demais. E olha que o amor já o é suficientemente. Outra que entra no rol das músicas excessivamente românticas é The Carpenters com Close to you:

"Why do birds suddenly appear everytime you are near? Just like me, they long to be close to you"

Vamos lá, é unânime. Um pouco demais não acham? Do estilo filmes da Disney quando a mocinha pobre e indefesa encontra o príncipe.

Poemas. Na teoria e na prática são belos, abstratos e lindos de se colocar no envelope e enviar à pessoa amada. O que tem de ruim neles é quando um, em particular, é o exemplo-mor de todos os outros, como Soneto da Fidelidade. E olha que gosto muito de Vinícius e ele não tem culpa nenhuma na história fora o fato de ser brilhante ao falar de amor. Enfim, cansa ver como o soneto é usado de uma forma tão "é isso aí" e nada mais. Nem um "olhe o verso tal e é isso que sinto por você". Necas. Se aplica porque já foi usado em excesso por novelas, músicas e propagandas, logo ele deve ser "bonitinho".

Mas o melhor é quando as fotos dos casais vêm acompanhadas com esses poeminhas embaixo. Uma montagem cor-de-rosa, estrelinhas piscando, o sol sorrindo, um casal super feliz e uma frase do tipo Shakespeare (sem menosprezá-lo, muito pelo contrário) acompanhando uma imagem. Bacana.

Eu não sou incrédula no amor como parece, mas acho que cada tipo é único. Uma música ou um poema para ser entregue ao ser amado (viu como posso ser bucólica?) tem de encaixar perfeitamente na história única e peculiar que um casal vive. O amor não precisa ser brega.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A corrida... por um projeto ainda distante


Como bem conhecem, queridos estudantes universitários, quando chegamos no fim de nossa jornada acadêmica nos deparamos com o temido, asqueroso, nojento, trabalhoso, penoso PROJETO FINAL.


Tema? Poxa, mas já? Não, não, peraí! Deixa eu pensar... Vale tudo? Tá, tudo que tiver relação com a Comunicação. Não, tranquilo. Quero falar da Ditadura Militar. Como não tem assunto novo na área? Óbvio que tem! Deixa eu ver. Posso falar das mulheres jornalistas da época. Não, não, desisto! Não existe uma. Opa! Peraí, essa história é interessante.


Vladimir Herzog. Pronto. É ele. Barra de rolagem, barra de rolagem. Achei! É, eu sei, professora, que a morte dele já foi desgastada e não se encaixa em comunicação. Excelente! Boa idéia essa de trabalhar com seus textos jornalísticos, ou melhor, com o profissional que Vlado era. É perfeito! Uma monografia ou um produto? É, monografia é mais teórico embora meu tema se encaixe melhor em um produto.


Agora tenho de correr atrás de bibliografia. Surpresa! Biografia por Paulo Markun? Perfeito. Lendo, lendo, lendo. Contexto e conteúdo. Achei! Um e-mail para entrar em contato com o autor, uma espécie de jornalismo humano. Cinco minutos depois a resposta: encaminhado para sua secretária e todas as matérias de Vlado em um Arquivo de Estado. Uau, cada dia mais apaixonada pelo tema. Um Nobel? Prêmio Esso? Ou mesmo um prêmio Vladimir Herzog? Devaneios são permitidos.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O tema de hoje é... música!!!

Um céu aberto, um dia feliz e sem previsões de chuvas. Perfeito para sonhar. Por esse motivo, enquanto trabalho penso nas cinco músicas mais convenientes para um dia como esse, em que você abre a janela do ônibus e espera o vento bater no seu rosto. Sintam-se Wella. Tomei a liberdade de fazer no sentido inverso, do quinto lugar para o primeiro. Técnicas de suspense, que o diga Hitchcock. Enfim.

N° 5: The Park, Feist

Eu sei, a letra não é das mais felizes. Mas segue o ritmo, daqueles de pegar seu patins e sair correndo para relembrar os tempos que não voltam mais.

N° 4: New Shoes, Paolo Nutini

Musiquinha de filme bem se sabe. Ignorando essa coisa de trilha sonora, essa é daquelas de chacoalhar os esqueletos sem esquecer de balançar as ancas.

N° 3: The Rhythm of the Night, Hermes House Band

Essa, além de ser das paradas, relembra o nostálgico anos 90. Com a interação e o ritmo na música, você pensa que está em uma mistura de décadas. Wake up! Século 21 com esse ritmo, merece entrar na lista.

N° 2: Walking on Sunshine, Katrina & The Waves

Essa entra pelo clichê. Toda lista de "músicas para se passar o dia" que se preze tem de ter o hit de 1985.

N° 1: I love you (me either), Cat Power & Karen Elson

Um clássico sexual, essa é para você colocar seus fones de ouvido, ignorar todo o barulho do mundo, sentar em um banco público, observar os habitantes, cachorros e a folhagem do outono e pensar no ser amado.

terça-feira, 11 de março de 2008

Vergonha, ah, a vergonha



Como não nascemos em um mundo individualizado, não bastasse nós passarmos por situações constrangedoras, há aqueles que nos passem vergonha. Isso não inclui parentesco ou algum outro tipo de relação pessoal. Basta estar no mesmo ambiente que essa pessoa. Pensando nesse assunto tão discutido entre os cientistas, resolvi fazer mais uma listinha (porque nem gosto muito dessa coisa de enumeração). Prontos?


  1. Existe coisa pior do que uma pessoa que divide o mesmo lugar que você no ônibus ou no metrô atender o celular com uma voz capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e espaço para assim chegar diretamente à pessoa do outro lado da linha? Sim, e essa situação é daquelas que em uma roda de bar, você diz: "Ah, já passei por isso!". Pelas últimas estatísticas do IBGE, 98,76% dos brasileiros já passaram por isso. Lamentável. Você perde seu chão, os gritos te ensurdecem e você tenta escapulir da situação tentando se misturar com o banco. Obviamente, não consegue e em um piscar de olhos, de mera passageira, você passa a amiga do indivíduo, daqueles que todos apontam no outro dia e comentam: Essa é a amiga daquele cara que não sabe falar no celular.
  2. Músicas comprometedoras em dias comprometedores não é a melhor mistura. O eterno e lamentável "Com Quem Será" embala as canções de parabéns há milhares de anos. Se você é solteira, rapidamente lhe encontram um par romântico com direito a happy ever after. A grande questão é que ele pode nem saber da sua existência, ou ele pode ser inexistente preenchendo o requisito básico do achei-ele-bonitinho. Agora se você tem um namorado há mais de três anos, desenrola filhota. Você percebe que a situação está crítica quando já não cantam mais essa musiquinha no seu aniversário.
  3. Acenos são sempre impessoais, algumas vezes no sentido literal mesmo. Lá está a rua e lá está você. E mais adiante está uma pessoa ainda não identificada. Um amigo? Um parente? Um conhecido? Enfim, ele te acena. Receoso de que possa estar míope e que não responder implica na ausência de gentileza, acena de volta. E olha que bacana: a outra pessoa ri. Você logo pensa: "Esse é do peito, deixa eu só chegar mais perto". Quando, surpreendentemente, uma pessoa passa rapidamente do seu lado e abraça aquele tão distante ser-humano. Sim, pegadinha do João Kléber.
  4. Ok, o próximo pode até ser pobreza de espírito. Mas tem coisa mais chata que responder uma pergunta que te fazem que você tinha certeza de que estava certo e a pessoa do lado carregar uma Barsa e te corrigir na frente de todo mundo? Chato, muito chato. Você fica imaginando se daqui uns dias eles não vão te excluir por você ser burro. Porque a vida é assim: você pode fazer as coisas certas a vida inteira, mas avacalha uma vez para ver onde vai parar. O segredo é ter persuasão. Continuar acreditando em si mesmo. E se ele prova, você desprova. Não existiria tese sem antítese, certo alunos?
  5. O último, mas não menos clichemente importante, o tombo. Sim, esses que não escolhem hora nem lugar, pessoa nem animal e que, indiscutivelmente são os mais engraçados (para quem assiste, óbvio). Sabe aquela plataforma novinha? Aproveite para usar em casa. Chuva traz buraco até para nós, pedestres. Andar sem tropeçar ou torcer o pé é quase tarefa impossível, até para o lendário Miyagi. O sucesso de um tombo não ser tão vergonhoso (porque não posso mentir, TODOS nos passam vergonhas) é rir. Finja que se divertiu com tudo aquilo. As pessoas te olharão e dirão: "Que louca". Antes louca que envergonhada.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A super valorização do que não merece ser super valorizado

Depois de um longo período sem postar (deixo claro que não por falta de assunto, mas pelo inevitável tempo mesmo), demorei muito tempo para decidir qual post abriria meu ano, este calendário tão meu que eu decido quando começa ou termina. Enfim, sempre comento com uma amiga que existem coisas que são super valorizadas, ou seja, não merecem toda a extravagância que têm. E é meu dever alertá-los, zilhões de leitores, que há concordâncias e discordâncias. Críticas, é só escreverem no espaço do leitor logo abaixo.



  • 2001 - Uma Odisséia no espaço: Ok, tenho que concordar que Kubrick teve toda uma relevância cinematográfica por trás quando criou o filme. Mas macacos por macacos, por que não Bonjour Tristesse de Otto Preminger? O primeiro filme a mesclar P&B e colorido e baseado em um dos livros mais bacanas de Françoise Sagon. Aquela coisa do som, da vida fora da terra, dos primórdios é muito, muito legal quando 2001 for o último filme da terra.

  • Dan Brown - É até bacana uma pessoa que você tinha certeza que não lia absolutamente nada, nem G1, dizer que gosta de Dan Brown. Quase uma descoberta arqueológica. Dan Brown é uma daqueles autores que você não precisa ler para ter certeza que bom não é. Eu juro que até tentei, cheguei nas críticas páginas 20 e pouco e não consegui. Depois pensei: vou apelar para o filme, talvez o problema seja o livro, não a história. Ai, engano meu...

  • Maria Rita - Legal. Filha de uma cantora incomparável, ser do estilinho new-bossa com baladinhas de contexto, ter uma voz agradável. Legal mesmo, para a filha dela. Não canso de ver e ler entrevistas com ela e imagino qual é o tipo de pessoa que escuta suas músicas. Ela é irritante, tenho de confessar, fãs de Maria Rita. Separar o artista do seu trabalho funciona muito bem na teoria, mas vai praticá-lo, maninho. Não funciona. Saber que sua mãe é Elis Regina é o "quadro que dói mais".

  • Oscar - Meu maior sonho é um dia conhecer alguém que faça parte do júri da Academia. Juro. A primeira pergunta seria o critério de avaliação deles. Eles devem avaliar por região, ou melhor, Estados Unidos ou de fora. Se sim, ponto. Se não, nem entra. É simples assim. Por isso filmes vencedores que critiquem o american way of life impressiona, como Crash - No Limite. E eu ainda me questiono. Mas a coisa toda do Red Carpet, eu tenho que assumir, que é muito divertido.

Essa lista ainda é longa, muito longa. Mas sou adepta ao jornalismo de fácil comunicação, que não canse suas vistas, caro leitor.

 
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