sexta-feira, 17 de abril de 2009

Eu e meus filmes


Depois de uma conversa com um amigo, a paranóia do por quê me veio à cabeça. Por que eu gosto tanto de filmes românticos? E o que mais me surpreendeu é que a resposta não demorou para chegar.

Gosto porque é a melhor forma de você abstrair sua vida. Naquelas duas horas que você sentará em frente à televisão acompanhando a vida de um casal com inúmeros problemas irreais e depois ainda terminar com um "marry me", você sente o impacto de uma ordinary life.

Aquela caixinha verde ou vermelha com um anel de diamantes encanta. E é o fato que talvez possa acontecer na sua vida, se você encontrar um cara mega-rico e que entenda de filmes românticos, pois nada mais valorizado que essas duas caixinhas. E nós também queremos uma. Com o mesmo pedido de casamento romântico do cara subindo as escadas de emergência do seu prédio charmoso em Nova York.

Aquelas cenas que você nunca passará com um homem, aqueles problemas que nunca enfrentarão juntos pois você não é nenhuma Meg Ryan, aquelas frases bem boladas, aquele jeito perfeito dos homens se colocarem na tela, aquele beijo, aquela olhada... Não se iluda, se você passar por algum desses momentos uma vez na vida, comemore. Atingiu seu lado esiritual mais alto. E se você conhecer algum homem que aja como esses Hércules desses filmes, me apresente.

Eu, por exemplo, bato palmas, seguro o choro, abro um sorriso, vibro e fico feliz por personagens irreais, mas que por duas horas me mostraram como o amor pode ter seu lado trágico-emocionante, infelizmente esquecido nos tempos de Shakespeare.

Eu amo. Eu amo a hora da pegada de mão de Mr. Darcy e Elizabeth Bennet em Orgulho e Preconceito; a entrega do brinco de Claire para John em O Clube dos Cinco; o beijo de ano novo de Harry e Sally, em Harry e Sally - feitos um para o outro; o "Marry Me" de Mr. Knightley para Emma, em Emma; o "Here's looking at you, kid" de Rick para Ilsa em Casablanca; a troca de olhares entre Romeu e Julieta pelo aquário e a música ao fundo. Definitivamente, eu amo filmes românticos.
E não desvalorizo a vida real. Ela tem seu valor, muitas vezes inestimável. O cara pode não ter a frase pronta, pode não comprar a caixinha vermelha ou verde, pode não ter a mão segura ao te beijar, mas ele consegue ser único pela sua realidade. E, garotas, nós também amamos isso.

 
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