sexta-feira, 30 de maio de 2008

Dear Austen...

Faz tempo que não escrevo por aqui, mas acreditem, estimadíssimos leitores, pura falta de tempo. Estou com um segundo blog sobre cinema para uma matéria da minha faculdade (liveredcarpet.blogspot.com) e lá as atualizações são mais freqüentes até porque existe uma certa obrigação.

Enfim, em um passeio ontem encontrei um livro MUITO interessante. Quando vou na Livraria Cultura vou logo na seção da Jane Austen. Compro pouco, mas adoro só passar por lá. Parece que me sinto mais perto dessa vida 1800 e o real amor. Encanta os olhos de qualquer mocinha de filme. Só que nessa saída me surpreendi com um título: Dear Jane Austen - A Heroine's Guide to Life and Love, de Patrice Hannon. Nesta obra, ela usa frases de livros de Austen para responder perguntas inquietantes de leitoras fictícias. Eu sei, muito mulherzinha. Mas sabe, hoje tenho a certeza que precisamos de amores de 1800 na nossa vida.

Uma amiga minha talvez me crucifique por este post, mas não posso deixar de dizer que penso muito nessa nova sociedade feminista. Nós, mulheres, estamos incrédulas no amor simplesmente por ele não mais existir em sua essência real. Hoje, é muito fácil você arrumar um affair de uma noite mas e o seu happy ever after? Talvez não exista um Mr. Darcy charmoso, rico, atraente e apaixonado. Por outro lado, existe um José charmoso, rico, atraente mas que não quer nada com o amor.

Cara amiga, precisamos continuar persistindo. Austen nos mostra exatamente isso. Peguemos a famosa Elizabeth Bennet de Orgulho e Preconceito. Uma mulher que não almejava um casamento, se divergia das mulheres de sua época por não ter os mesmos dotes e a mesma vaidade. Ainda assim encontrou o amor de sua vida. Temos de parar de enxergar os homens como uma ameaça. Vivemos sim, nossa emancipação feminina, queimemos nossos soutiens e tentemos viver nossa vida com os mesmo preceitos de Austen.

Podemos ter nosso espaço no mercado de trabalho ao mesmo tempo que construímos um lar. Precisamos acreditar que possa existir não um final feliz como nos livros, mas que a felicidade não é algo inatingível e que talvez esteja muito próxima neste exato momento. Pelo menos, eu preciso.
Foto: Jean-Honore Fragonard - The Stolen Kiss

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Viagens, viagens

É, eu sei. Um post inédito com relatos de uma viagem inesquecível. Viajar é sempre bom, nem que seja para algum passeio no Plano Piloto saindo de Taguatinga (quem conhece, sabe que é uma viagem). O destino aqui é além-mar. Pegue sua bagagem de mão, despache sua mala, compre sua cruzadinha que vamos para Madrid.

Ah, Madrid, Madrid. Superou qualquer expectativa pelos momentos, diversidade, culturas. E o espaço tem de ser a Gran Vía. Lá, você se acha um perdido no ninho por não ter mais de um piercing nos lugares inimagináveis do seu corpo. Você explora lojas populares, com muito a oferecer por um preço acessível (peço licença para um comentário: Quem converte não se diverte, então em euros era baratíssimo, mas vai converter em real, amigo...). Óbvio que tem os cantos de exploração turística como museus, praças (muitas), monumentos. E o museu tenho de dizer que o de Santa Sofia pela Guernica e o do Prado por Goya compensam qualquer entrada grátis ou meia para estudantes.



As praças surgem como um convite para o ócio que há dentro de todos. A Praça de Espanha com seu Dom Quixote e um Starbucks coladinho clamam por cinco minutos de parada. E a Mayor... Essa esconde segredos nas paredes de séculos e sua história. Pensar que lá foi palco das fogueiras da Inquisição é te remeter a um mundo desconhecido.



E como é de praxe, Madrid merece um top 5 momentos.

  1. Sem dúvida, escutar Feist com Mushaboom no meio da Praça Mayor em um momento de "vamos caminhar por aí" torna qualquer lugar inesquecível. E ainda valeu pelo pedaço de Gatekeeper.

  2. 8 de maio de 1808, de Goya. Me perdoem, mas supera qualquer Guernica.

  3. Show de Flamenco. Turista que se preze, assiste um flamenco original com músicas sofridas, batidas fortes de sapatos e sensualidade.

  4. Gran Vía, a qualquer hora do dia. Vale pela energia, diversidade, culturas. Pegue um Caramel Macchiato com um cookie e aprecie cada diferença entre os nativos e você, caro visitante.

  5. Restaurante Botín, o mais antigo do mundo. Parece que você percorre aquelas casas de bebidas dos filmes antigos. Pensar na quantidade de pessoas que passaram por ali até você chegar naquele espaço é se sentir um William Wallace combatendo a ordem do Prima Nocte.

*Foto: http://www.fotomadrid.com/

 
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