sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Dinheiro na mão é vendaval... é vendavaaaaallll


Cara leitora, se você tivesse $10.000 réis em suas mãos neste exato momento, o que faria? Pois é, eu caio nessa pegadinha. Descobri que não sou nem um pouco alfa quando o assunto é dinheiro. Muito pelo contrário. Eu digo o que eu faria: viajaria para algum lugar do mundo e traria quantos perfumes esse dinheiro desse. Eu sei. A nova mulher investiria na Bolsa. E se eu te contar que não sei nem como ela funciona?


Não me classifico como um ser consumista, afinal não gasto mais do que tenho. Mas poderia dizer que sou meio ultrapassada quando a questão é poupar. Os porquinhos funcionam muito melhor que a poupança de banco. Sou daquelas que se pudesse o dinheiro estaria embaixo do colchão.


Nem percam tempo em me julgar ou me dar qualquer aula sobre como poupar seu rico ganha pão. Não funciona comigo. E olha que já estou na idade de pensar nos investimentos.


Essa semana assisti a uma palestra com um rapaz, ainda jovem, que criou uma empresa na minha idade. Einstein já estava formado e publicaria a Teoria da Relatividade dentro de 3 anos. Et moi? Ha-ha, faz-me rir.


Percebi que não tenho nenhuma veia empreendedora. E olha que eu acreditava nisso há dois anos. E a cabeça embaralhada só sugere idéias descartáveis ou de curto prazo. Vai, me diz que não sou a única a passar por essa crise dos 20 e poucos anos!? Por que não dei mais atenção ao Fábio Jr. ao invés de ter me concentrado na crise dos 30 com Bridget?!


E o pior é que, como se não bastasse, ainda sou exigente! Mas pode? Não estou em condições nenhuma de fazer pedidos ou botar banca, e ainda assim faço. Não posso nem dizer que aceito qualquer coisa, ainda espero aquela agradável oferta que me faça pensar que minha carreira ainda tem vida e que eu possa lucrar algo com ela.


Sem capital nem para estimular meus planos Bs. Eu juro que se nada der certo, eu leio Augusto Cury. Aplico meu dinheiro em algo menos efêmero que perfumes e mudo de vida. Ok, só preciso do primeiro investimento.


Mayday, Mayday, Houston! I think we have a problem!


sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Minha fase "mamãe-tenho-80-anos" (texto migrado)


Estou numa fase completamente nostálgica, não pelo que vivi mas pelo que não vivi há 70 anos. O primeiro sintoma, leitor, é fácil identificar: você já não reconhece as músicas pops da rádio. Não satisfeito, cantarola Billie Holiday, Nina Simone e Frankie (o Sinatra) pelas ruelas de sua cidade. Sem o chacoalho das ancas pois não quer se passar por fácil demais aos pãezinhos da cidade. O segundo sintoma são os filmes. Ah, esses benditos colorem, ou melhor, tiram o colorido de suas tardes (e de sua TV).

Enfim, adquiri um box da Bette Davis (que não inclui A Malvada, vou logo adiantar). Decidi assistir o primeiro pois ia passar um filme de faroeste no TCM, e este é o único canal que estou assistindo no momento, com direito a I Love Lucy de madrugada. Como seria uma tarde longa, sem muitos afazeres, escolhi o com maior tempo de duração: 2h 30 min. Então aguardei a saída triunfal de minha irmã ao estágio e ocupei sua sala como um Hitler em qualquer país europeu.

Atenção, o filme já vai começar. Warner Bros Pictures tem o prazer de apresentar A Vaidosa (Mr. Skeffington), de Vincent Sherman. Uma mulher rica e desejada (Bette Davis, obviamente), um primo conselheiro, um irmão desajustado, vários pretendentes e oh! O Sr. Skeffington. Vou tentar resumir o filme: Fanny (a tal mulher desejada e Bette Davis) é extremamente vaidosa e mora com seu irmão, que rouba da empresa do Sr. Skeffington. Ela, com a esperança de dar um futuro melhor a ele, casa-se com o ricaço. O sábio George gosta muito do cavalheiro com a esperança de que os intrusos que pedem a mão de Fanny em casamento sumam da mansão. Que nada! Eles continuam a perturbar a residência. A vaidosa e o sr. Skeffington têm uma filha, a Fanny Filha.

No entanto, a garotinha não nasceu com a beleza da mãe. Fanny-mãe continua dando trabalho ao marido com as propostas de casamento. Neste meio tempo, o irmão dela morre na guerra e ela passa a culpar o ricaço pelo ocorrido. Assim, o rejeita de tudo quanto é forma e ele parte em busca de aventuras amorosas. Quando ela descobre, se separa do bondoso, porém danado sr. Skeffington e este parte em rumo de suas origens judias na Europa durante a temida Segunda Guerra Mundial.

Não deu outra: acabou em um campo de concentração e Fanny-mãe com uma difteria. Dessa forma, ela perde sua beleza (palmas para a maquiagem que realmente envelheceu Bette Davis em uns cinquenta anos depois de deixá-la mais bonita que a Imperatriz Sissi) e seus pretendentes. Acaba humilhada por sua filha casar com o rapaz mais jovem que ela estava envolvida antes da doença. Sozinha, recebe a surpresa visita do sr. Skeffington e (pasmem!!) ele está cego.

George, o primo conselheiro, termina o filme com a abstração que todos poderiam ter: Para ele, ela continuará sempre linda. Assim, a corneta anuncia o The End da história. O filme é extremamente interessante, seja pelos recursos técnicos usados ou mesmo a trama envolvente. Uma ótima pedida para os admiradores dos clássicos.
Foto: videodetective.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Essas músicas...

Nesses pensamentos criativos que às vezes permeiam a mente humana, abstraí algo relevante para meu blog. Sim, caros leitores. Ainda não apareceu aquela idéia para salvar o mundo. Enfim, escutando a trilha sonora de um filme, percebi que não são essas peças de sétima arte que nos transportam para um mundo em que o amor é perfeito e tudo é muito lindo. Aquela verdadeira história de amor. O happy ever after...

"There’s a smile on my face
For the whole human race
Why it’s almost like being in love"



Começa assim. Tudo é muito colorido, perfeito. Você pensa no ser amado praticamente todo minuto do seu ocupado dia. Por que não?



"Why not? take a crazy chance? Why not?"



Enfim, você é correspondida (o). A mágica está no ar para os amantes.



"Every little thing she does is magic
Everything she does just turns me on
Even though my life before was tragic
Now I know my love for her goes on"



Uh-la-lá! Daí já foi, amiga (o). Você está apaixonado! Aceite, viva, respire.
"Reste sur moi
Que je respire avec toi
Reste sur moi
Que je respire avec joie"



E essa paixão vira amor. Essa coisa que antes era apenas uma trave no peito agora é muito mais. Não é que você não consiga viver com aquela pessoa. Você simplesmente não imagina a sua vida sem a sua presença.
"I can't live if living is without you"



Só lhe resta dar aquele passinho final, aquele que te fará prometer perante a justiça ou qualquer zeus de sua vida esse amor incomensurável.



"I love you I do, I do, I do, I do, I do "



Ou simplesmente carregue a incerteza (ou certeza) de um amor utópico.



"Why do I wish I never played
Oh, what a mess we made
And now the final frame
Love is a losing game"



E viva as músicas românticas! Peço perdão aos grandes admiradores das músicas brasileiras (também me incluo nesse rol) pela ausência de alguma sonoridade nacional. Da próxima faço uma versão verde e amarelo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Eles também são um pouco de mim


Talvez eu me arrependa deste texto daqui alguns anos ou talvez ele me faça relembrar uma pessoa que pelo tempo pode estar diferente e não ter as mesmas sensações que tinha aos 23. Ou talvez essa seja só uma forma de desabafar, deixando um pouco a veia jornalística de lado e apresentando um pouco mais da Laura.

Enfim, todos que me conhecem sabem da paixão que tenho por cachorros. E qualquer um. Sou daquelas incovenientes que passam a mão na cabeça de um ser canino na coleira de alguém com pressa. Devido a uma casa com regras e limites, nunca tive muitos, mas os poucos que passaram na minha vida fizeram (e ainda fazem) toda a diferença.

1989. Quando completei quatro anos, surgiu o Radar na minha vida. Um tipo atleta que corria junto com meu pai, ótima forma, sério na sua maneira e uma mistura interessantíssima de chihuahua com pinscher. Sofreu muito nas minhas mãos quando era obrigado a brincar de ciranda com uma criança que acreditava que cachorros eram seres bípedes. Foi um cão viajado, família e atencioso. Daqueles que valem a pena lembrar como o nosso primeiro. Quando Radarzinho já estava com sete anos, decidimos que era hora de ele ter uma companheira. E ele mesmo quem escolheu.

1995. Nazila apareceu para mudar completamente minha teoria sobre cachorros. Ela é única. Saltava mais de um metro do chão (o que garantiria uma vaga em qualquer Olimpíada devido a ser uma pinscher não tão grande assim), ia com o focinho embaixo da sua mão quando você já não fazia mais carinho, te protegia de tal forma que você era capaz de acreditar que aquele ser de 20 cm poderia realmente cessar qualquer comportamento suspeito. Foi o cachorro mais peculiar que eu já conheci. E de uma forma extremamente positiva. Seu apetite voraz, sua crença de que era o macho da sua relação com o Radar, seu olhar pidão que te fazia ceder mesmo o último pedaço de pão. Tudo isso faz da Nazilinha a coisinha mais especial que pela própria escolha do Radar apareceu na minha vida.

2007. Radarzinho já com 18 anos, sem dentes, sem audição e um pouco de visão parte dessa para o limbo canino. E essa partida foi de uma serenidade tão grande que realmente foi a conclusão de tudo. Depois me apeguei demais à Nazilinha, seja pela falta que o Radar fazia em nossas vidas seja pela forma especial como ela me deu aquele apoio que só quem tem cachorro sabe do que eu falo.

2008. Nazilinha está com sopro no coração. E isso faz com que o sangue não circule muito bem, seus pulmões se encham de água e ela tenha dificuldade de respirar. Essa situação tem cinco dias e foi tão rápida que ainda é difícil assimilar a minha cachorra que há uma semana estava pulando em cima da minha cama e esta, que me olha de uma forma que não consigo explicar. E de uma forma que me faz entender como somos impotentes perante o sistema da vida.

Pode parecer um texto exagerado, mas é simplesmente aquilo que escrevo com uma dor que tento suprir com a presença do Monet, essa mistura de cocker com pinscher que nem eu entendi como chegou na hora exata. Eu só tenho a agradecer pela presença de seres tão minúsculos mas se tanta importância desde meus quatro anos. Nazilinha ainda está comigo em vida e daqui a pouco fará parte da Cassiopéia de minha vida.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Precisa-se de certeza desesperadamente

Mais de dois meses sem postar absolutamente nada. I miss it all... Mas sabem como é, vem as férias, com ela o ócio; com o final delas as aulas e com essas os trabalhos. E incluído totalmente de graça no cardápio da faculdade: as dúvidas, incertezas e loucuras.


Imagino que esse momento (crucial) de um curso deve ser difícil para mais da metade dos estudantes. Estou no meu penúltimo semestre e ainda não tenho idéia do que fazer da vida. E olha que desde pequena penso muito nisso. Já passei pela idéia de caixa de supermecado, bombeira, veterinária, administradora, publicitária e, finalmente, jornalista. E é trágico como mesmo ao final de um curso ainda bate a insegurança, aquela coisa do "será que é isso mesmo?", "seria eu uma jornalista?". Pois é, tenho tempo suficiente para pensar nas respostas e até agora não cheguei a nenhuma conclusão.


Mas como boa guardiã do bem, tenho Planos B. E acreditem, sempre precisamos dele. Eu só tenho a agradecer o leque de opções que essa área (que vos remete) tem a oferecer.

  • Não nasci de forma alguma para lecionar. Descobri isso quando brincava de escolinha aos 9 e ao ensinar minha mãe a mexer no computador. Mas ainda assim o Mestrado sempre é uma opção.
  • Manter as notas com uma média boa me rende chances de estudar no exterior. Mais um Plano B que talvez possa funcionar com concorrentes fracos e um dinheiro de sobra no bolso.

  • Arrumar um emprego indicado não chega a ser uma opção pois para isso dependo de um aquário, mas vas-y, um dia pode acontecer.

  • Pós-graduações são ótimas para aquelas pessoas que não arrumaram emprego ao se formarem. É sempre uma justificativa para o desemprego. Também é viável.

  • Posso também ser professora de inglês, mas essa opção entra dentro da primeira que justificaria um provável fracasso profissional.

  • E, claro, temos que ter nossos planos mirabolantes. Talvez uma carreira artística, um vídeo bem produzido para o Big Brother; uma chance no programa do Raul Gil; uma participação no Vai dar Namoro com algum famoso bonitinho; ser coadjuvante em algum programa regional, etc.

Como podem perceber, eu posso estar inativa, ser uma freela devagar, mas se tem uma coisa que eu não faço é descartar opções. E, obrigada, Max Gehringer.

Foto: http://artfiles.art.com/images/-/Karen-Watts/My-Despair-Poster-C12180059.jpeg

 
template by suckmylolly.com : background by Tayler : dingbat font TackODing