terça-feira, 27 de julho de 2010

Don (suspiro) Draper

Eu sei, foi ontem que escrevi aqui no blog e já hoje estou atualizando. E os assuntos estão completamente aleatórios, mas é blog não profissional, nunca vou fazer dinheiro com ele e não estou nem aí para seguir uma linha de raciocínio que, no mérito da questão, seria apenas concursos, cursinho... Blergh! Não pensem que meu tempo é ocioso, mas o que fazer às 19:53 de uma terça-feira? Ti-ti-ti? Nops, novela vicia e essa tem potencial (experiência própria). Estudar? Até poderia, mas depois da tarde inteira fazendo isso, não, amigão, obrigada. Sair com os amigos? Super válido, mas não daria certo pois o final do mês já caiu na minha conta bancária. Então, resolvi assistir ao primeiro episódio da quarta temporada de Mad Men e revi o meu, o seu, o nosso DON DRAPER. O homem do imaginário feminino, a beleza masculina em toda sua essência primitiva... E pensei: por que não montar uma lista do que os homens precisam para se tornar um Don Draper.

5. O mistério. Don Draper é misterioso. Até em um encontro com o mesmo abc, o mesmo questionário americano de sempre, ele não se faz visível para ninguém. Quem é ele? O que ele quer? Por que ele me olha desse jeito? Sim. Mesmo depois de quatro temporadas, mesmo sendo o onipresente da situação; eu ainda não saberia o que falar para Don depois do primeiro momento. Por isso, garotos, não contem a sua vida inteira para uma menina. Deixe ela pensar, botar a cuca para funcionar e pensar: quem é esse cara?
4. A masculinidade. Don Draper exala testosterona. Ele é alfa, é macho, é homem. Não pelos aspectos físicos, embora eles colaborem (e muito!) para a atração. Ele não deixa por menos, o domínio feminino é puramente sexual, ele não aceita que a mulher comande sua vida. Eu sei, deveria achar isso a coisa mais horrível, mas homem que concorda com tudo que você diz é chato pakas! Com arguementos, se constrói um diálogo. Com respeito, obviamente.
3. A ternura. Porque Don Draper é muito fofo! Apesar de estar ocupado na sua posição de melhor diretor de criação de Manhattan, percebam como ele trata a Peggy, seus filhos e o cachorro! Adorável! Nós, mulheres, avaliamos um homem por seu carinho na forma como ele trata quem ama. E não tem como alguém que goste crianças, animais e plantas ter um coração preto. No way!
2. Status. Don Draper é o cara. Não é pelo seu dinheiro, nem seu trabalho. É pela segurança que ele passa. Ele sabe que é bom, reconhece seu valor e tem a plena ideia de saber onde quer chegar. Mesmo com toda o feminismo que vai de encontro a esse paradigma masculino, o homem pode não ser quem coloca a comida na mesa, mas é o que sustenta o fato de que nunca irá faltar.
1. Charme. Don Draper tem a pegada. Basta um olhar, um toque, a certeza de que hoje-vou-me-dar-bem, a tragada com a perna cruzada e o corpo de lado... Isso, infelizmente, você tem ou não tem. E se quiser arriscar, pode ser que dê certo com muito treino, muito investimento de tempo. Mas para chegar até ele, hard work, babies!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Traição...

É bicho do mal! Cruzes, corre coisa ruim! E pare já de pensar que é só no amor que traição vale. Ela vale em todos os sentidos de sua vida social. E por ser muito pessoal, não fiquem com raiva das minhas opiniões ou por quem sou. Eu continuo sendo legal. Fique calmo, relaxe, pegue seu redbull (porque dia 11 de setembro está chegando... aliás, o que raios está fazendo aqui??), se acomode que o show já vai começar. Primeiro, os ridiculamentes bobos.
1. Eu só tenho um cachorro e ele é extremamente apegado a mim. Eu até poderia arranjar outro mas não arranjo porque tenho certeza que vou achar que estou traindo... meu cachorro! E avisei, é ridículo.
2. Com todos os meus irmãos casados e sendo o último biscoito do pacote, se eu já não tinha espaço opinativo em casa, fiquei muda depois dos casamentos. Minha mãe entregar meu yakult pro meu irmão levar, mega traição.
3. Agora começa os mais sérios, os mais perigosos. O que é traição na amizade para mim. Eu começo do baixo até o mais alto. A falta de confiança de uma amiga porque escutou fofoca de alguém sobre você, cheated!!!! E ô mundinho perigoso é esse nosso de mulheres. É um disse-não-disse danado. Um pouco mais além: sua amiga é apaixonada platonicamente por um carinha que é seu amigo. Sabendo de toda a situação, você ainda assim resolve investir no aparentemente ser único do mercado amoroso. Isso é horrível, caras leitoras. Horrível. É traição. E me permito ir mais além: você fica com um ex-ficante, ex-namorado, ex-rolo, ex-amizade colorida, ex-qualquer coisa da esquina mesmo sem ela sentir mais nada pelo tal homem. Amiga, corre que é sobra. Existem outros no mercado. Nada é justificável nesses dois casos.
4. Eu cresci em um universo machista. Todos aqui em casa são e dessa forma fui criada. Queimei só meu bojo porque ainda tem muitas coisas na minha cabeça que são ultrapassadas, como o homem ter de fazer qualquer serviço braçal, ele tem de ser alto, forte e expirar testosterona e outras coisitchas mais. Anyway, estava discutindo isso com alguns amigos de vários grupos e fiquei me questionando o que seria ou não seria traição em uma relação :
4.1: Acessar sites pornôs não é trair, ainda que aquela mulherzinha do comercial fiquei com raiva do seu marido.
4.2: Amizade com outra mulher. Acho que depende da garota. Nós somos seres sagazes e sensíveis, logo, podemos rapidinho perceber se aquela menina está ou não dando em cima do seu macho (não permita, os outros seres de nossa espécie podem ser espertos quando querem... e malvados). Se a fulaninha mocréia estiver ligando com mensagens cheias de segundas intenções, corte fundo.
4.3: Beijo. Esse é o mais polêmico pra mim. Porque beijo pode ser desejo como pode ser sentimento. Uma amiga minha me falou algo a se pensar. Quando comparei sexo com o beijo ela disse que o segundo é pior. Eu não concordo, mas isso me fez questionar sobre a profundidade de um momento. Se o beijo for na pirigas de uma balada que o cara certamente saiu escondido (e sofrerá as consequências... ah, se sofrerá...), pode ser perdoável ou não. A traição é o fato, o perdão vem com a sua disponibilidade de construir uma confiança que exigirá um esforço enorme e muito tempo desperdiçado. Preguiça. Mas se o beijo for em uma pessoa que ele já tinha um certo envolvimento social, como uma amiga (não aquela do telefone, porque essa você já tinha de ter mandado pro beleléu há muito tempo), daí amiga, corre que é macumba. Chuta o homem para os deuses da pílula azul.
4.4: Esse é sem volta: sexo. É muita traição. Não existe a coisa da carne do homem ser fraca, que ele não estava ciente dos fatos, que não sabia como tinha ido parar ali, ACORDA!!! A vida não é assim. As relações não são assim. É fim, ponto final, the end, c'est tout. Ele (o sexo, galeura) não é só isso, é muito disso. O tesão, o momento, as investidas não são justificativas. No more further details.
Por isso, amigos e amigas, traição é quase um crime. Sentimental.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Nenhum "eu te avisei"...

A cada dia fico mais inconformada de ninguém ter me avisado como seria minha vida depois de formada. Nenhum aviso, nenhum "I told you so"... Necas! Na minha imaginação um tanto quanto ingênua, pensava que assim que saísse estaria empregada, em um super emprego, com um super carro, um Tiffany's na minha mão direita e de malas prontas para um apartamento novíssimo de frente para o mar. Não, a situação foi o desemprego, uma bijouteria e sem malas prontas.

Depois que terminei Jornalismo, decidi embarcar em uma aventura do outro lado do planeta. A experiência não podia ter sido melhor. 5 meses de uma vida de responsabilidades que tão cedo levaria aqui. E mais uma vez ninguém tinha me avisado que seria tão difícil voltar quanto foi para ir. É como se tivéssemos o gostinho de uma vida independente, quando cada dia é uma novidade, novas experiências e PUF! Eis que você está dentro de um avião de volta para a casa dos seus pais, para uma realidade sem perspectivas a curto prazo. Se tivessem me avisado que era tão complicado voltar, teria estendido o fato.
Há alguns anos, quando assistia àquelas propagandas de amigos na praia, viajando juntos com um super carro, curtindo a vida com toda a alegria jamais impensável que poderia existir; eu acreditava que a vida era daquele jeito. Novamente, ninguém me alertou de nada. Emprego, casamento, namoro, outros interesses. Tudo isso afasta o "sonho jovem" da minha realidade. E nem vou comentar o que seriados como Friends fizeram nesse meu surrealismo real.
E quando você se apaixona, conta para todos os amigos os sinais que ele envia e, ao invés de te falarem "toma cuidado, as coisas não são assim", te dizem: vai fundo, ele está super interessado. Daí você chega, o empurra contra a parede e ele simplesmente: não sei, vamos ver no que vai dar. Com licença, deixe eu apenas apanhar a minha cara que caiu no chão. Vou apenas recolocá-la e volto logo.
Pitaco, conselho, aviso, lembrete, conversa, diálogo, monólogo... Qualquer coisa, seres humanos. Se a vida fosse um desenho animado, que o Geninho fosse o super herói.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mr. Right Guy


O tipo certo de homem. O tipo certo de homem... O tipo certo de homem! Vamos lá. Eu tenho uma teoria (muito pessoal) que a mulher baseia o cara perfeito com o seu primeiro amor. E os homens mudam. Mas na nossa cabeça, ele continua sendo o cara perfeito. A banda dele é a sua favorita, o jeito como ele se veste, as piadas equilibradas, os gostos... Tudo isso tem de estar em perfeita sintonia com os que seguem após ele. E o fato lamentável é que enquanto você não se apaixonar completa e cegamente por um outro; nenhum deles satisfará esse tipo certo que você planejou. Eu até falaria o tipo que a vida planejou de homem para me basear, mas por privacidade e mesmo por ilusão de que ele possa ter acesso a esse blog; eu prefiro montar o tipo ideal: mais de 30 anos, que goste de filmes clássicos, escute (e entenda) de jazz, com uma bagagem cultural vasta, entenda a diferença entre uma obra Rococó e uma do Romantismo, saiba o que é Cohiba, e sempre leia o jornal de domingo escutando Frank Sinatra. Fascinante!
O problema é que não existe o tipo certo. Por mais que nossa cabeça trabalhe para um lado contra a maré da vida, é preciso trabalhar que a química que você sente com a outra pessoa fala mais forte que meras semelhanças ou bases na pessoa que te fez escrever poesia aos lamentáveis 20 anos. O tipo certo é aquele adaptável ao seu gosto, aquele equilibrado entre as personalidades.
Por isso, conversando com amigos meus, sempre que alguma discrepância muito grande entre um fato e o real sentido dele, eu sempre questiono: é esse o tipo de mulher que você quer atrair? Porque o contrário é real para as mulheres. Eu me tomo como exemplo. Não gosto de homens mais novos ou da mesma idade; que não gostem de ler, que curtem sair para lugares lotados em que o maior passinho de dança é feito com a cabeça, que use a bebida como um aliado (sim, aqui entra o meu discurso sobre a bebida ter de ser algo prazeroso, não uma necessidade). Tomado isso como base, eu não frequento lugares em que eu sei que irei encontrar exatamente esses tipos.
Daí me vem à cabeça que com os homens é diferente. Eles realmente vão para a caça, frequentam lugares que nem sequer gostam para simplesmente suprir uma carência. Ok, testosterona x estrogênio. Got it. Mas ainda assim a coisa da compatibilidade é universal, independentemente de discussões sexistas. Pensem comigo: você é o cara que adora música clássica, mas sai para algum lugar que toca axé achando que ali está a pessoa que vai compartilhar momentos Bach com você. PPPPÉÉÉÉÉMMMM!! Nesse exato momento você é eliminado do jogo. O discurso dos seus amigos de que talvez exista uma pessoa na mesma situação que você no local, é furada. Por várias experiências próprias.
Por minha idade, meus amigos, resolvi parar de procurar nos lugares errados. E imaginem se todos pensassem como eu? As pessoas certas sempre estariam nos lugares certos. E cada panela teria sua tampa. Utopia? Não tenho a mínima ideia. Mas acredito que se você se assume, talvez seja mais fácil achar a pessoa certa, não só casos passageiros para suprir uma carência. Se isso também for o que você estiver procurando. Se não for, arrisque em qualquer lugar que tem sempre uma pessoa esperando por você nas baladas. Curta, se for pra curtir. Quem sabe, como diz Frank Sinatra, "the best is yet to come"? E acredite, repito isso para mim todo dia. O Mr. Right Guy vai aparecer em alguma circusntância da vida.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Eu só sou legal, juro...

Hoje encontrei um menino que a história foi a seguinte: nós éramos amigos no primeiro grau, ele era da minha altura (mal, muito mal...), magricelo, o típico adolescente em desenvolvimento. Eu sempre o via como amigo e, como todos os meus amigos, sempre o tratei muito bem. Daí cada um tomou um rumo diferente e só nos víamos esporadicamente. Foi quando uma amiga minha me disse que em uma conversa ele falou que eu era apaixonada por ele no primeiro grau. O sangue subiu, as veias dilataram, a raiva chegou e eu me senti a pessoa mais humilhada do mundo. Quando o vejo faço a egípcia, viro minha cabeça e finjo que não vi. Se eu tivesse sido, estaria tranquilex. Assumiria e ponto. Agora um rapaz da minha altura (mal, muito mal...) jamais despertaria interesse algum em mim. Ainda mais ele.

Eu sempre fui das que acreditava na amizade entre homem e mulher. Nunca tinha duvidado disso ou coisa do tipo. Depois que fiquei sabendo dessa história (que não tem muito tempo), coloquei em xeque todas as minhas amizades com homens. Qualé, não podemos ser legais? Não podemos nos interessar pela companhia da pessoa sem que tenha segundas intenções? Não podemos tratar os homens como trataríamos uma amiga sem ele achar que isso é sinal de interesse? Essa racionalidade masculina é muito legal em todos os outros casos, não nesse.

Na maioria das vezes, é só amizade mesmo. Sem interesse, sem tensão sexual ou qualquer coisa do tipo. É gostar de estar do lado da pessoa mas não vê-lo como um pretendente. Claro que as coisas mudam, a vida é dinâmica. Quem no passado não te interessava, hoje pode ser a crush do momento. E quem era alvo das cartinhas anônimas hoje pode não te despertar absolutamente nada. Homem e mulher mudam. Os sentimentos vão no pacote.

Meu nível de estrogênio é bem alto. Alto mesmo. Eu digo que se não tivesse nascido mulher, seria o homem mais gay do mundo. Mas uma coisa eu aprendi: se você está afim da pessoa, tem de ser racional... Pensar como um homem. Vá lá e diga, sem medo. Porque se depender da abstração masculina, você nunca vai mudar seu relacionamento no orkut de solteira para namorando. Caso contrário, se você não sente nada pelo cara, vai acabar esbarrando com ele no shopping depois de 10 anos e ele ainda te olhar como "a-menina-patética-que-me-amava-e-não-era-correspondida-porque-eu-passava-tempo-demais-na-frente-do-espelho-passando-acnase". É... A vida não é justa. Nós não podemos ser legais toda hora.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alô, vida? É a privacidade que fala


Minha irmã casou ontem. E sabe o que foi mais engraçado? A quantidade de vezes que escutei o "só falta você", "quando vai ser sua vez", "e agora?". E sabe o que eu penso (e que talvez não faça a mínima diferença pra ninguém)? Que meus 25 anos, meu histórico familiar com namoros longos, meu desemprego (ou minha disponibilidade pro mercado de trabalho), minha vontade de realizar absolutamente TUDO antes de dar um passo como esse, meu medo; não me abalam.
Juro que não é minha culpa que tudo isso seja um empecilho, juro que gostaria que as coisas fossem diferentes ou tivessem sido, juro que eu gostaria de ser normal e sonhar com isso. E antes que me julguem, já sonhei. Antes sabia de tudo como gostaria, quais seriam as músicas, qual o vestido, para onde iríamos na lua de mel, as cores da festa, os convidados... E ainda assumo que isso foi um pouco despertado durante esse período de festas da minha irmã. Mas depois que tudo acabou, depois de acompanhar o processo pela primeira vez, vi que tudo é lindo, só não compensa o esforço. Tudo não deixa de ser um mercado, que talvez eu faça parte ou não; talvez só viva junta com o homem da minha vida em um bangalô.
Essas cobranças, essa magia... É tudo tão estranho! O casamento perdeu um pouco da essência de ser um momento especial e virou uma obrigação com a sociedade. Eu, talvez mais do que ninguém, não gosto de me sentir pressionada. Já basta a pressão das outras partes da sua vida, agora pressionam a sua vida pessoal. Essa necessidade humana de saber tudo sobre tudo, de conhecer cada pessoa nos seus mínimos detalhes, e o pior: a necessidade de se sentir no direito de decidir quando e como as coisas na sua vida devem acontecer. E se isso fosse algo real, volto a repetir o que já escrevi em um post atrás: se eu pudesse escolher o meu destino, acharia o homem da minha vida com 28, moraríamos junto aos 30 e casaríamos aos 32. Simples assim.
A grande verdade é que ainda temos de cumprir esses protocolos irritantes e os quais tento a todo custo bular. Meu namorado não é nenhum Simba a quem eu tenha de apresentar em uma cerimônia para toda a selva de pedras. Meu relacionamento é só meu e da outra pessoa, não diz respeito a mais ninguém. Por isso, caro leitor-invisível-porque-todos-acham-que-esse-blog-não-existe-mais, não se espante se receber um convite para meu casamento daqui 7 anos e pensar: Ué, e a Laura tinha namorado? Não, não é sua culpa. É culpa da sociedade.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Caro Anônimo


Momento: cursinho para concurso.

Saudade: do que já foi vivido e não se volta atrás.

Missão: "clichemente" falando, ser feliz.

Caro anônimo, a vida adulta é um porre. Não pense que eu gosto de acordar às 6:30 da manhã para ter aulas de Direito Administrativo durante quatro horas e feliz da vida. Não, nem um pouco. E te conto mais: ter amigos compromissados é difícil quando se é solteira. Os amigos homens são homens, não compartilham momentos estrogênios com você, do tipo olhar vitrines, comentar do cara bonito que passou, apreciar um simples momento de café... Pequenas coisas. Não ter dinheiro para seus planos pessoais?? Pfff, pior ainda.

Talvez esse momento que eu estou na minha vida seja o mais dificil que já vivi. Ser solteira, sem emprego, sem dinheiro, sem perspectivas reais, sem amigos solteiros... Amigo (a), vou te falar que não é fácil. Mas eu tenho de arrumar maneiras para driblar toda essa pior parte da minha vida. Não quero mudar sua vida, mas vou te mostrar como faço para não tornar todas essas situações em tristeza.

Cursinho para passar em concurso: arrume um(a) crush. Pode não ser seu estereótipo perfeito, pode não ter nada a ver com você, pode nem sequer ser bonito, mas pelo menos é algo para se prestar atenção quando a aula está insurpotável. E eu bem sei que talvez nunca passe em lugar nenhum por conta disso, mas pelo menos deixa suportável o que é insuportável.

Roda de amigos compromissados: minha tática é sempre ser saudosa. Quando o assunto é chato, quando não se tem nada a acrescentar, eu sou completamente autista. Fico com minhas lembranças, pensando no que já foi, no tanto que as pessoas nem têm ideia do que já vivi... Vou dizer que nem sempre dá certo, na maioria das vezes o jeito é escutar todas as histórias de como as pessoas se conheceram ou de briguinhas que tiveram.

Amigos homens: não sei se você é mulher ou não, mas meu nível de estrogênio é alto e ficar no meio de homens por muito tempo pode ser desconcertante. Mas eles são legais, eu digo que se fosse o homem, seria o mais gay do mundo porque eles me divertem e discutem sobre tudo. Por mais que tenha de escutar que nem casável eu sou. E dizer isso para uma mulher é uma ofensa.

Falta de emprego: bicos. A palavra chave é sempre bicos. Eu topo qualquer coisa, mesmo o que não tenha a ver com meu diploma. QUALQUER coisa. Isso me faz ganhar uns trocadinhos e poder sonhar com uma próxima viagem.

Morar com os pais: esse talvez seja o mais difícil. Depois que se mora sozinha, até ir para um supermercado te remete a uma vida que já foi vivida e que provavelmente vai demorar para acontecer de novo. Tem suas vantagens, a segurança, a falta de preocupações... Mas eu acho que tudo isso faz parte do plano da vida. E eu não vejo a hora de poder viver novamente. Não que meus pais intrometam, muito pelo contrário. É apenas a vontade de uma responsabilidade.

A idade: é apenas um número.

Dinheiro: vide tópico trabalho.

Eu acho que quando a tristeza chega para abater, a melhor forma é fugir dela. Se for para chorar, que seja com a música mais alegre do mundo debaixo de um chuveiro. Se for para sofrer, que seja de amor, não pela vida. Porque essa, caro anônimo, eu tenho certeza que vai dar certo. Pra mim e pra você. Eu sei que aparento ser extremamente Pollyanna, mas é que acho que tudo tem seu lado positivo e cabe a nós descobrir qual é o dos nossos problemas. Se você acha que a sua vida está ruim, sempre tem outra pior. A minha pode ser, mas temos de pensar que só se vive uma vez, como na música da Banana Split.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vida, qual é a pressa?


Quando eu era pequena e fazia aquelas brincadeiras de colocar a idade de casamento, o nome de três garotos que gostávamos, três cidades para vermos com quem casaríamos, quantos filhos teríamos e aonde moraríamos, sempre colocava uma idade alta, do tipo 27, 28, 29... Talvez por exemplo da minha mãe, que casou um pouco mais tarde. O fato é que estou com 25 e várias amigas casando. Natural que me sinta um pouco fora do ninho e achando tudo distante da premissa "os 30 são os novos 20". Eu não julgo, pois sou fiel crente do amor. Acredito nele mais do que tudo e se a pessoa quer, que realize seu sonho de viver com seu amor eterno.

Eu até admiro, pois jamais conseguiria casar sem realizar todos os meus planos individuais. Minhas viagens são sonhos que quero realizar antes disso, meu trabalho, minha vida social... Conhecer gente nova, que curta as mesmas coisas que eu, amigas que saiam comigo para reclamarmos que todos os homens são iguais, tomarmos um café, vermos vitrines e sonhando com uma Chanel 2.55 quando arrumarmos aquele emprego, amigos que sonhem comigo, paixões platônicas efêmeras, conversas intermináveis na casa do outro, dançar sem se preocupar com quem está olhando... Parece que tenho faro só para amigos compromissados e quanto mais ando na rua, me questiono se ainda existe alguém solteiro nessa cidade. Se existir, cutuco e pergunto: quer ser meu amigo?

Se a vida fosse um plano real, acharia o amor da minha vida com 28, moraríamos juntos aos 30 e casaríamos com 32, com um pedido surpresa de casamento em uma de nossas viagens pelo mundo; provavelmente em alguma praia de Bali com uma caixinha vermelha ou azulzinha e cantando Tiny Dancer. Mas a vida não é assim, existem os que casam cedo, os que casam tarde e os que não casam... A vida não é séries americanas em que existem grupos de mais de quatro amigos solteiros com mais de 30 anos e que viajam juntos, curtem juntos, moram juntos... A vida não é Friends, Sex and the City ou How I met your mother...

Eu acho legal ter alguém, não me entendam mal. É muito bom você ter alguém para ligar à noite, para sair, para segurar sua mão, para te aquecer, para conversar, para ser seu melhor amigo, para te fazer ter em quem pensar na primeira hora do travesseiro, para te mandar um sms perguntando como está, para estar do seu lado em momentos que não é preciso dizer nada, para ter alguém que te diga um "eu te amo" sem ser sua mãe tentando te agradar. Mas, para mim, os amigos são essenciais. Sempre fui de ter muitos e gostar da companhia. Agora que cheguei aos 25, agora que Fábio Jr. não canta mais 20 e poucos anos para mim, agora que preciso trabalhar, agora que preciso dar um jeito de continuar minha vida sem depender de meus pais; vejo que ainda tenho muitas viagens a fazer, muitas saídas para aproveitar, muitos sapos para conhecer.

Enquanto meu cara cinco anos mais velho, que gosta de jazz, que admira charutos, que tenha barba, que entenda de perfumes e gastronomia não chega, vou fazendo minha poupança para curtir momentos que levarei na minha mala de experiências.

Ah! E quem quiser ser meu amigo, mail-me.

 
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