terça-feira, 31 de julho de 2007

Seriam os militares alienígenas?


Eu tinha certeza que todas as aulas do segundo grau e cursinho em que estudei Ditadura Militar no Brasil não seriam em vão. Com toda minha base teórica e a ajuda de uma professora de faculdade fiz uma descoberta. Ela é simples, mas com toda convicção afirmo que pode se transformar em um artigo de tese de algum interessado. Lembro meus direitos autorais.


Aula, jornalismo, 9 da manhã:


- Vivi em uma época difícil. Na ditadura, as pessoas simplesmente sumiam. Eram presas e nunca mais eram vistas.


Ok, leiam de novo e tentem imaginar a cena. 15 estudantes tentando aprender algo de interessante sobre jornalismo e de repente, uma descoberta histórica. Sim, os militares eram alienígenas!


Nada de barcas, presídios ilhados e torturas. Tudo aquilo eram justificativas para abduções. Possivelmente os desaparecidos fazem parte de algum tipo de experiência realizada por estes seres marcianos. Em vez de Atos Institucionais, os AIs seriam Artificial Intelligence sendo os números versões mais atualizadas do projeto.


Podemos pensar em Carlos Lacerda como um mero caçador de ETs. Os presidentes eleitos (misteriosamente) de forma indireta seriam os líderes da experiência. No popular, os bam-bam-bams de Marte. Mas podemos dizer que foi uma guerra vencida. Eu suspeito que Tancredo Neves tenha descoberto o plano e Sarney acabou substituindo-o. Mas o humano Collor foi o primeiro presidente eleito diretamente depois de todas as barras de plutônio e energia solar gastas nas abduções. Eles até tentaram voltar para o Brasil disfarçados de caras-pintadas, mas prevalecemos.


E seria Orson Welles Nostradamus? Será que toda a produção de rádio que simulou um ataque alienígena nos Estados Unidos não seria os mais de 20 anos de Ditadura no Brasil?


Termino meu texto com um jargão da histórica revista Seleções: Pensem nisso.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Amar é...


Engraçado como o amor muda de pessoa para pessoa. Em outras palavras, o significado que ele tem para mim não é o mesmo que para uma amiga. E isso ficou comprovado em um rápido diálogo. Aniversário de amiga, namorado da irmã cantando ao vivo baladinhas brasileiras românticas:


- Gente, mas é lindo um cara cantar para você. Imagine compor!

- Eu não acho... Além do mais, meu namorado me deu um buquê, uma aliança...


Sim, fiquei pasma na hora. Conhecia esse lado mercenário da pessoa, mas não no amor. Ele é muito mais do que isso. Ele é fogo que arde sem se ver, indubitavelmente. No meu papel de mocinha da história, jamais trocaria uma carta com confissões apaixonadas por uma aliança. Ou mesmo um buquê de rosas vermelhas que, expondo um lado bem pessoal, estão meio batidas. Por que não margaridas, girassóis, lírios? Flores alegres. O amor é alegre.


I agree, love is also pain. Quando ele não é correspondido ou é platônico, dói. E muito. Dói você ver a pessoa e não conseguir tocá-la da forma como queria, dói querer ligar e não conseguir ou mesmo não poder, dói esperar um sinal positivo e ele não vir, dói sonhar com a pessoa imaginando um happy end e nunca tê-lo, dói querer tentar alguma coisa e o medo não permitir. Esse é um tipo de amor que te faz desistir de ter alguém por muito tempo. Natural, qualquer ser humano sente isso, não é um privilégio só das mulheres.


Por outro lado, quando você encontra a pessoa certa achou o pote de ouro no final do arco-íris. Os sonhos agora são permitidos, já que você pode concretizá-los. Ligar é quase um direito seu. Sentí-lo perto é uma obrigação. Sim, como todo a crueldade da realidade, mais tarde virão as divergências, as brigas, os ciúmes. But love still shines!


Isso é praticamente um texto poético, mas não tem nenhuma outra coisa que eu queira falar. Let's share love, por mais que seja difícil e doloroso. Neste aspecto, merecemos ter um pouco de Poliana dentro de nós para acreditarmos que poderemos vivenciá-lo como Yoko e Lennon, Lampião e Maria Bonita, Eva e Juan Domingo Perón, Elvis e Priscilla. Ele existe, mesmo fora das telas. Provavelmente relendo este texto daqui alguns anos, me arrependerei amargamente de minhas palavras. Por enquanto, as tento viver. E, como uma tarefa árdua, aplicá-las na vida fora da tela de um computador. E que Beatles finalizem:

"Don't need to be alone.

No need to be alone.

It's real love.

It's real."

quinta-feira, 5 de julho de 2007

É a dança dos compromissados


Solteira, noiva, casada, enrolada... Para que os rótulos? De todo jeito, todos enrolamos quando nos questionam sobre nossa vida amorosa. Isso é fato. Uma amiga estava na maior dúvida se coloocava no orkut, vulgo fichamentos-humanos-cibernéticos, que era solteira. A grande pergunta é: Por que? Nada mais simples do que ser aquela pessoa neutra. E ela existe.


No aniversário do seu tio, aparecem aqueles parentes que há tempos não davam a cara. A pergunta é de praxe:

- E aí, tá de namoradinho?

- Não, não...

- Como não? Tão bonita e não arrumou ninguém. Nossa, e é tão bom ter uma companhia que se goste.

- Eu sei, mas...

- E olha que o que não falta é homem no mercado. - nesse exato momento você pensa: essa pessoa deve ter passado os últimos 10 anos em Marte, só abdução explica - Eu, por exemplo, conheci o José em uma festinha de amigos. Eu nem tinha dado bola para ele no início e...


Nada mais lhe resta do que escutar toda a história romântica do encontro do casal feliz.


Mesmo local, diferente situação:

- E aí, tá de namoradinho?

- Tô sim, é o mesmo.

- Nossa, mas fazem quantos anos que estão juntos?

- Em maio, comemoramos nosso quarto aniversário de namoro.

- Tadinha, tão nova e já tão comprometida. Não tem medo de perder sua juventude toda com um mesmo rapaz?

- Não, eu o amo e nós nos damos bem.

- Isso até chegar à crise dos 7, querida. Eu e o José quase terminamos quando completamos 7 anos. Isso porque já éramos casados e...


Idem:

- E aí, tá de namoradinho?

- Namoradinho nada, agora é noivo.

- Mas olha só, que avanço. Quanto tempo carregam o ouro na mão direita?

- Têm dois anos.

- E desistiram de casar?

- Não, claro que não. Mas ainda não terminamos os preparativos para a festa e não encontramos um bom lugar para morar. E temos ainda que terminar a faculdade. Termino próximo ano.

- Ih, acho que esse rapaz está te enrolando.

- Não, foi uma decisão conjunta.

- Engraçado como a vida é. Eu e o José ficamos noivos por apenas um ano e...


Same place:

- E aí, tá de namoradinho?

- Pois é, casei no último semestre.

- Mas olha só, tão novinha! E como estão se sustentando?

- Tá tranquilo, nós trabalhamos dois expedientes e estamos levando.

- Nossa, eu tenho uma pena desses jovens que resolvem apressar a vida dessa forma. Imagine você que eu esperei um bom tempo até me estabilizar na profissão para casar com o José. E tudo foi difícil no começo. Melhoramos financeiramente...


A solução é ser passiva quando o assunto é seu laço amoroso. Por isso, se questionarem sua condição, mude de assunto. Fale sobre o Pan, a renúncia do Roriz, o novo CD de coletâneas do Frank Sinatra, a espera pelo novo filme do Tarantino... E se insistirem, apenas diga que está feliz. E ora bolas, cada um cuide da sua vida!

terça-feira, 3 de julho de 2007

A preferência é singular


Estou tendo overdose de Marilyn Monroe, sem a ambiguidade do termo. Com um box dos filmes dela e tempo de sobra, o que mais faço é assistir todas suas obras. E tudo aquilo me encanta. Qual mulher não gostaria de ter seu charme, elegância e beleza? Sem despeito, eu assumo. Não pelo fato de ser loira e, ao contrário do que todos dizem, os homens não preferem as loiras. Pelo menos em seu filme. Pensei que uma mulher daquela época jamais desbancaria todo o trabalho de Marilyn. No entanto, Jane Russel, interpretando sua melhor amiga Dorothy, conseguiu superá-la em "Os Homens Preferem as Loiras". É uma pena que nem todos tenham a oportunidade de assistí-lo e quebrar esse tabu proposto na sociedade.

Nós somos únicas. Falar de todas nossas qualidades não caberia neste blog. Mas todas, sem exceções, são diferentes. Existem aquelas que são o estereótipo do sexo frágil: carente, carinhosa, chorona, irritada, difícil. E há aquelas que fogem desses conceitos, são as mulheres de pulso. São feministas femininas. Afinal, o que adianta lutar pela separação dos sexos se dependemos um do outro?

Os homens são essenciais. Não só para resolver os problemas do carro ou trocar uma lâmpada. Nossas diferenças é que nos apaixonam. As físicas, com suas costas largas, mãos grandes e rosto singular. As emocionais, quando expõem o lado racional das coisas, o jeito de ser amigo (não competitivo, ao contrário de nós, mulheres), a dificuldade de demonstrar afeições e quando isso acontece, o fazem de uma forma que jamais imaginaríamos que ele seria capaz. Sim, também levaria horas para descrever cada singularidade masculina que faz de nós, mulheres, nos apaixonarmos tão rapidamente e idealizarmos o príncipe com seu cavalo branco e um buquê de margaridas em seus braços.

Lorelei nos prova isso. Com sua busca insaciável por diamantes (eternizada por "Diamonds are a girl best friend") e homens ricos, esqueceu-se do amor. Tanto é que quem descobre o verdadeiro sentido da palavra é sua amiga Dorothy. Independente de amarelo, preto, castanho ou vermelho, sua essência é que te faz mulher. E que isso nos sirva como lição, amigas.

 
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