quarta-feira, 26 de março de 2008

O tema de hoje é... música!!!

Um céu aberto, um dia feliz e sem previsões de chuvas. Perfeito para sonhar. Por esse motivo, enquanto trabalho penso nas cinco músicas mais convenientes para um dia como esse, em que você abre a janela do ônibus e espera o vento bater no seu rosto. Sintam-se Wella. Tomei a liberdade de fazer no sentido inverso, do quinto lugar para o primeiro. Técnicas de suspense, que o diga Hitchcock. Enfim.

N° 5: The Park, Feist

Eu sei, a letra não é das mais felizes. Mas segue o ritmo, daqueles de pegar seu patins e sair correndo para relembrar os tempos que não voltam mais.

N° 4: New Shoes, Paolo Nutini

Musiquinha de filme bem se sabe. Ignorando essa coisa de trilha sonora, essa é daquelas de chacoalhar os esqueletos sem esquecer de balançar as ancas.

N° 3: The Rhythm of the Night, Hermes House Band

Essa, além de ser das paradas, relembra o nostálgico anos 90. Com a interação e o ritmo na música, você pensa que está em uma mistura de décadas. Wake up! Século 21 com esse ritmo, merece entrar na lista.

N° 2: Walking on Sunshine, Katrina & The Waves

Essa entra pelo clichê. Toda lista de "músicas para se passar o dia" que se preze tem de ter o hit de 1985.

N° 1: I love you (me either), Cat Power & Karen Elson

Um clássico sexual, essa é para você colocar seus fones de ouvido, ignorar todo o barulho do mundo, sentar em um banco público, observar os habitantes, cachorros e a folhagem do outono e pensar no ser amado.

terça-feira, 11 de março de 2008

Vergonha, ah, a vergonha



Como não nascemos em um mundo individualizado, não bastasse nós passarmos por situações constrangedoras, há aqueles que nos passem vergonha. Isso não inclui parentesco ou algum outro tipo de relação pessoal. Basta estar no mesmo ambiente que essa pessoa. Pensando nesse assunto tão discutido entre os cientistas, resolvi fazer mais uma listinha (porque nem gosto muito dessa coisa de enumeração). Prontos?


  1. Existe coisa pior do que uma pessoa que divide o mesmo lugar que você no ônibus ou no metrô atender o celular com uma voz capaz de ultrapassar as barreiras do tempo e espaço para assim chegar diretamente à pessoa do outro lado da linha? Sim, e essa situação é daquelas que em uma roda de bar, você diz: "Ah, já passei por isso!". Pelas últimas estatísticas do IBGE, 98,76% dos brasileiros já passaram por isso. Lamentável. Você perde seu chão, os gritos te ensurdecem e você tenta escapulir da situação tentando se misturar com o banco. Obviamente, não consegue e em um piscar de olhos, de mera passageira, você passa a amiga do indivíduo, daqueles que todos apontam no outro dia e comentam: Essa é a amiga daquele cara que não sabe falar no celular.
  2. Músicas comprometedoras em dias comprometedores não é a melhor mistura. O eterno e lamentável "Com Quem Será" embala as canções de parabéns há milhares de anos. Se você é solteira, rapidamente lhe encontram um par romântico com direito a happy ever after. A grande questão é que ele pode nem saber da sua existência, ou ele pode ser inexistente preenchendo o requisito básico do achei-ele-bonitinho. Agora se você tem um namorado há mais de três anos, desenrola filhota. Você percebe que a situação está crítica quando já não cantam mais essa musiquinha no seu aniversário.
  3. Acenos são sempre impessoais, algumas vezes no sentido literal mesmo. Lá está a rua e lá está você. E mais adiante está uma pessoa ainda não identificada. Um amigo? Um parente? Um conhecido? Enfim, ele te acena. Receoso de que possa estar míope e que não responder implica na ausência de gentileza, acena de volta. E olha que bacana: a outra pessoa ri. Você logo pensa: "Esse é do peito, deixa eu só chegar mais perto". Quando, surpreendentemente, uma pessoa passa rapidamente do seu lado e abraça aquele tão distante ser-humano. Sim, pegadinha do João Kléber.
  4. Ok, o próximo pode até ser pobreza de espírito. Mas tem coisa mais chata que responder uma pergunta que te fazem que você tinha certeza de que estava certo e a pessoa do lado carregar uma Barsa e te corrigir na frente de todo mundo? Chato, muito chato. Você fica imaginando se daqui uns dias eles não vão te excluir por você ser burro. Porque a vida é assim: você pode fazer as coisas certas a vida inteira, mas avacalha uma vez para ver onde vai parar. O segredo é ter persuasão. Continuar acreditando em si mesmo. E se ele prova, você desprova. Não existiria tese sem antítese, certo alunos?
  5. O último, mas não menos clichemente importante, o tombo. Sim, esses que não escolhem hora nem lugar, pessoa nem animal e que, indiscutivelmente são os mais engraçados (para quem assiste, óbvio). Sabe aquela plataforma novinha? Aproveite para usar em casa. Chuva traz buraco até para nós, pedestres. Andar sem tropeçar ou torcer o pé é quase tarefa impossível, até para o lendário Miyagi. O sucesso de um tombo não ser tão vergonhoso (porque não posso mentir, TODOS nos passam vergonhas) é rir. Finja que se divertiu com tudo aquilo. As pessoas te olharão e dirão: "Que louca". Antes louca que envergonhada.

 
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