quarta-feira, 28 de abril de 2010

Vida, qual é a pressa?


Quando eu era pequena e fazia aquelas brincadeiras de colocar a idade de casamento, o nome de três garotos que gostávamos, três cidades para vermos com quem casaríamos, quantos filhos teríamos e aonde moraríamos, sempre colocava uma idade alta, do tipo 27, 28, 29... Talvez por exemplo da minha mãe, que casou um pouco mais tarde. O fato é que estou com 25 e várias amigas casando. Natural que me sinta um pouco fora do ninho e achando tudo distante da premissa "os 30 são os novos 20". Eu não julgo, pois sou fiel crente do amor. Acredito nele mais do que tudo e se a pessoa quer, que realize seu sonho de viver com seu amor eterno.

Eu até admiro, pois jamais conseguiria casar sem realizar todos os meus planos individuais. Minhas viagens são sonhos que quero realizar antes disso, meu trabalho, minha vida social... Conhecer gente nova, que curta as mesmas coisas que eu, amigas que saiam comigo para reclamarmos que todos os homens são iguais, tomarmos um café, vermos vitrines e sonhando com uma Chanel 2.55 quando arrumarmos aquele emprego, amigos que sonhem comigo, paixões platônicas efêmeras, conversas intermináveis na casa do outro, dançar sem se preocupar com quem está olhando... Parece que tenho faro só para amigos compromissados e quanto mais ando na rua, me questiono se ainda existe alguém solteiro nessa cidade. Se existir, cutuco e pergunto: quer ser meu amigo?

Se a vida fosse um plano real, acharia o amor da minha vida com 28, moraríamos juntos aos 30 e casaríamos com 32, com um pedido surpresa de casamento em uma de nossas viagens pelo mundo; provavelmente em alguma praia de Bali com uma caixinha vermelha ou azulzinha e cantando Tiny Dancer. Mas a vida não é assim, existem os que casam cedo, os que casam tarde e os que não casam... A vida não é séries americanas em que existem grupos de mais de quatro amigos solteiros com mais de 30 anos e que viajam juntos, curtem juntos, moram juntos... A vida não é Friends, Sex and the City ou How I met your mother...

Eu acho legal ter alguém, não me entendam mal. É muito bom você ter alguém para ligar à noite, para sair, para segurar sua mão, para te aquecer, para conversar, para ser seu melhor amigo, para te fazer ter em quem pensar na primeira hora do travesseiro, para te mandar um sms perguntando como está, para estar do seu lado em momentos que não é preciso dizer nada, para ter alguém que te diga um "eu te amo" sem ser sua mãe tentando te agradar. Mas, para mim, os amigos são essenciais. Sempre fui de ter muitos e gostar da companhia. Agora que cheguei aos 25, agora que Fábio Jr. não canta mais 20 e poucos anos para mim, agora que preciso trabalhar, agora que preciso dar um jeito de continuar minha vida sem depender de meus pais; vejo que ainda tenho muitas viagens a fazer, muitas saídas para aproveitar, muitos sapos para conhecer.

Enquanto meu cara cinco anos mais velho, que gosta de jazz, que admira charutos, que tenha barba, que entenda de perfumes e gastronomia não chega, vou fazendo minha poupança para curtir momentos que levarei na minha mala de experiências.

Ah! E quem quiser ser meu amigo, mail-me.

 
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