segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eu também tenho uma tribo


Às vezes os estereótipos me cansam. Tá, às vezes não... Quase sempre. Sabe aquela coisa de você ser de um jeito ou se vestir de outro só para fazer parte de um ambiente?? Pois é. E, ainda que eu tenha 20 e poucos anos, Fábio Jr. não me avisou que isso ainda ia existir. Depois dizem que sou velha quando na verdade só sou como sou e aonde vou eu acho a minha saída, parafraseando grande ícone da música pop brasileira, Polegar.

Meu curso me obriga a encarar diariamente esse padrão de vestes. Quanto mais colorido mais dentro você está. Quanto mais monocromático, mais excluído vai ser. Não, estou sendo maldosa. Você vai achar outras pessoas monocromáticas e vai formar um clube dos monocromáticos. Porque parece uma necessidade humana se agarrar àqueles que se parecem com você. Identidade, concordo. Mas há banefícios em todos os grupos.

Hoje não sofro dessa busca por uma tribo talvez por ter passado por todas quando era adolescente. Aos 12 eu parecia menino de bermuda ou macacão e, acreditem, boné estilo Sérgio Malandro. Aos 14, me virei para o lado pequena-Patrícia, com sapatinhos, tênis all-star rosa e tudo combinado. No segundo grau fui hippie, roqueira e skatista. No cursinho, eu era aquela sem tribo, sem identidade e sem rumo. Na faculdade, fui achando que ser sem tribo, sem identidade e sem rumo era a minha tribo.

Por isso, quando enxergo daqui uns 5 anos, tempo em que a maior parte das pessoas da minha geração vão estar trabalhando, penso se eles vão continuar se vestindo padronizados, estilo ABNT mesmo. Porque cá entre nós, essa coisa de admirar o jeito que uma pessoa se veste é bacana. Daí a copiar, é um salto. No máximo, inspirar.
Eis algumas sugestões de estilos padronizados: os óculos na cabeça, bermuda estampada e blusa pólo é um conjuntinho super básico. A argola com diâmetro do pescoço, a calça skinny, bata estampada e sandália plataforma idem. A blusa vermelha, com calça jeans, sapato verde e óculos de acetato brancos idem (2).

Faço lembrar que isso não é um julgamento e, sim, um retrato da geração 1985-1989. Não é que não seguir um grupo ou uma moda me excluem de fazer parte de uma tribo. Eu achei pessoas como eu e juntas formamos um clube. Às vezes, dependendo do dia e do humor, um pouco apático, com peças lisas e básicas. Mas na maior parte das vezes, procurando por mais adeptos ao estilo. Wanna come in?

2 delírios:

Mônica Plaza disse...

Fiquei meio perdida... Será q eu faço parte do seu clube dos sem-clubes???? Pq, sei lá, acho q fazemos parte do grupo dos monocromáticos. Ou não??? Hehehe

Daniel disse...

Tu é mó paty, Laura, e fica falando que não tem tribo, huahuahauha

 
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