sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Enfim, formada


Depois de quatro anos e meio, hoje vivi o momento que todos vivem depois de cumprirem suas obrigações acadêmicas. E que é clichê, é chato, é brega mas não dá para fugir: colação de grau. Sempre fui avessa às minhas comemorações. Tudo começou no pré, quando antes de entrar passei mal e vomitei. Acabei ganhando meu diploma e pirulito de uma outra professora que eu não tinha a mínima idéia de quem era. Na oitava, participei das festas, fui oradora e acho que isso supriu toda a vontade que tinha de fazer parte desse tipo de evento. No segundo grau, abri mão da formatura sendo uma mera convidada no meu baile, feliz da vida. Na faculdade, optei pela colação coletiva pois desde o começo vendi aquela festa carérrima de baile, aula da saudade e colação em algum ambiente privado para o meu pai por uma experiência no exterior. Uma troca mais que justa.

Mas esse evento da colação tem seus momentos engraçados. Como formanda, você se depara com diversas situações que se tornam peculiares por sua essência.

A primeira delas é aquela dos vários tipos de amigos que você encontra durante o evento. Tem aqueles que são saudosos, começam o papo assim:
- Nossa, gente... E agora? Passou tão rápido né? Nem acredito que terminamos. Sabe que até vou sentir saudade desse lugar? Se lembra daquela matéria que pegamos que foi assim assado? Muito bom... Caramba, que saudade desse tempo. Vida real agora. Procurar emprego. Era tão bom ser só estudante. Putz... Difícil...

O outro é aquele preocupado com o futuro:
- Acredita que não rolou no meu estágio? Pois é, estou desempregada agora. O esquema é concurso, não dá pra gente acreditar no futuro. E esse diploma? Só para termos cela especial na prisão. Deixei meu currículo em tal lugar. Estou esperando resposta ainda. Mas esse mês entro em um cursinho.

Tem os mega-animados, que estão super felizes com tudo.
- IUHU, galera!!! Finalmente!!! É nóis!!! Temos de jogar o chapéu pra cima, hein? E o canudo??? Muito show essa festa. Rumbora tirar foto, galera!!!! Vamos fazer a pose da vitória! Caracas!!! Muito bom!

E tem o alheio ao evento:
- Para que a beca? Sério, não acredito que estou tirando foto com essa roupa breguérrima. Por que todo mundo vem tão arrumadinho? É só uma colação. Caracas, que demora. O reitor fala demais. Por que a fulana de tal subiu para fazer o juramento e não eu? Vamos tirar logo a foto que eu não aguento mais o calor dentro dessa beca... Tudo isso só para o certificado? Cadê o raio do diploma?

A única solução é você fazer aquela cara de “quando eu chegar em casa tenho de fazer isso, isso, isso e aquilo” e soltar um “é verdade”de vez em quando para todas essas situações.

Não vou negar que eu sou um pouco de cada (mas muito mais a alheia). E pela minha vasta experiência em colações de grau, posso dizer que ser convidada ainda é melhor para enfrentar as duas horas do evento. A vantagem é a certeza de um curso concretizado. Ufa, etapa concluída. Fatality nessa etapa da vida. Yes!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eu sei, eu sei...


Eu sei, eu tenho certeza absoluta. Eu não estou dando o carinho e atenção necessários a esse blog. As atualizações de quinzenais, que era a idéia original, estão sendo semanais. Mas vou dizer. Estou naquele período chato, beijando a trave do gol para me formar. Expectativas: zero.

Olha, se me tivessem avisado que projeto final seria uma coisa tão complicada de se fazer, eu o teria começado no primeiro semestre da faculdade. Essa pesquisa que temos de fazer, os erros que cometemos quando nos valem muito dinheiro, a cobrança do orientador, a busca por meios financeiros para custear os gastos... Argh! Tudo isso me faz esquecer do resto de minha vida.

Hobby? No momento, nenhum, obrigada. Ah! Lembrei de um: ler os livros relacionados ao tema do projeto e as visitas para devolvê-los na biblioteca da faculdade.

Sim, vou guardar meus objetos da vida de peter pan que levei durante a faculdade. Vou coletar tudo o que me remete à essa vida caoticamente madura para um plano seguro.

E o próximo passo? Casar, ter filhos, comprar a casinha de chaminé que tanto fazia parte dos meus desenhos de infância, me aposentar, envelhecer e morrer dormindo? É isso? É só isso?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Minha vida estagnada


Estagnei. Completamente. Sabe aquele momento de sua vida que você olha pro lado e sente falta até de sua adolescência? Que nada rende, que você não tem idéia do dia de amanhã, que não imagina seu futuro e que procura desesperadamente por algum movimento na sua vida? Eu estou exatamente nessa parte.

Ao mesmo tempo, enfrento o momento crítico em que meus pensamentos são nostálgicos. Penso na minha infância, na minha pré-adolescência, na minha adolescência, na minha chegada ao mundo "jovem" e agora enfrento as dúvidas de uma vida semi-adulta.

Os papos entre amigos já não são apenas fofocas, casos, novidades, conquistas. Hoje envolve dinheiro, trabalho, relacionamentos duradouros. Com a família, a discussão já tem um caráter ainda maior: imposto de renda, segurança e, também, trabalho.

As coisas bobas ficaram em um passado remoto, em um lugar especial. Não dá para discutir sem ter uma base. Brincar ficou para trás. As risadas já têm um humor diferente, o amor não é tão puro, o namoro pode virar casamento e o trabalho não é coisa de criança.

Acho que estou na exata linha da vida em que meu gráfico de crescimento encontra-se baixo, mas que provavelmente em pouco tempo vai crescer. Acredito que todos passam por isso (ou pelo menos tento acreditar para não me sentir completamente sozinha no mundo).

Eu começo a perceber que os antigos amigos são vitais, mas os novos sempre fazem MUITA diferença. Que os casos do passado perderam o sentido e que os novos provavelmente continuarão no meu futuro. Que estudar é algo que terei de fazer o resto da vida. E que saber o que se quer na vida é essencial. Eu percebo a mudança física no meu rosto dos anos passados. Que aparentar 13 anos ficou no caixa do banco há cinco anos. Percebo que os amigos são para sempre. Que casamento já é algo muito próximo da minha realidade. E que ninguém brinca mais.

Não, definitivamente não voltaria ao passado. Eu quero enfrentar essa parte da vida em que nada de novo acontece, que nada de interessante aparece. Acho que daqui alguns anos, escreverei novamente como a minha vida está estagnada. E que ainda não achei respostas para os anos que passaram e aos que virão. Mas que busco incessantemente por movimento. Estou no exato momento da minha vida que as coisas vão acontecer naturalmente. E sem piedade. É duro ter 24 anos hoje.

ME-DO.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Eu e meus filmes


Depois de uma conversa com um amigo, a paranóia do por quê me veio à cabeça. Por que eu gosto tanto de filmes românticos? E o que mais me surpreendeu é que a resposta não demorou para chegar.

Gosto porque é a melhor forma de você abstrair sua vida. Naquelas duas horas que você sentará em frente à televisão acompanhando a vida de um casal com inúmeros problemas irreais e depois ainda terminar com um "marry me", você sente o impacto de uma ordinary life.

Aquela caixinha verde ou vermelha com um anel de diamantes encanta. E é o fato que talvez possa acontecer na sua vida, se você encontrar um cara mega-rico e que entenda de filmes românticos, pois nada mais valorizado que essas duas caixinhas. E nós também queremos uma. Com o mesmo pedido de casamento romântico do cara subindo as escadas de emergência do seu prédio charmoso em Nova York.

Aquelas cenas que você nunca passará com um homem, aqueles problemas que nunca enfrentarão juntos pois você não é nenhuma Meg Ryan, aquelas frases bem boladas, aquele jeito perfeito dos homens se colocarem na tela, aquele beijo, aquela olhada... Não se iluda, se você passar por algum desses momentos uma vez na vida, comemore. Atingiu seu lado esiritual mais alto. E se você conhecer algum homem que aja como esses Hércules desses filmes, me apresente.

Eu, por exemplo, bato palmas, seguro o choro, abro um sorriso, vibro e fico feliz por personagens irreais, mas que por duas horas me mostraram como o amor pode ter seu lado trágico-emocionante, infelizmente esquecido nos tempos de Shakespeare.

Eu amo. Eu amo a hora da pegada de mão de Mr. Darcy e Elizabeth Bennet em Orgulho e Preconceito; a entrega do brinco de Claire para John em O Clube dos Cinco; o beijo de ano novo de Harry e Sally, em Harry e Sally - feitos um para o outro; o "Marry Me" de Mr. Knightley para Emma, em Emma; o "Here's looking at you, kid" de Rick para Ilsa em Casablanca; a troca de olhares entre Romeu e Julieta pelo aquário e a música ao fundo. Definitivamente, eu amo filmes românticos.
E não desvalorizo a vida real. Ela tem seu valor, muitas vezes inestimável. O cara pode não ter a frase pronta, pode não comprar a caixinha vermelha ou verde, pode não ter a mão segura ao te beijar, mas ele consegue ser único pela sua realidade. E, garotas, nós também amamos isso.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Eu sou uma viciada


Depois de longos meses sem escrever nesse humilde blog, eu retorno, milhares de leitores e leitoras que me acompanham para preencher a vida de vocês com mais um top 5. Concordo plenamento que eu poderia falar da transição socialista da China, da posse de Obama, da fórmula da Coca-Cola, até desejo muito, mas ainda assim prefiro encher a cabeça de vocês com uma listinha sem sentido.

O tema de hoje é, pasmem, algo que gosto muito e que nunca postei: séries. Depois de Blossom, Beverly Hills 90210, Vida de Cachorro e muitas outras; mais velha pude conhecer novas séries com enredos puros, delicados, envolventes. E tenha a certeza que já vi todos, todos, todos os seriados que puderem imaginar.


5. Reality Shows: É a prova maior que você não tem uma vida porque vive a dos outros. Mas é de um encantamento sem palavras. Beuaty and the Geeks, Amazing Race, American Idol e qualquer outro que faça sua humilde vida parecer sem-graça.


4. The Big-Bang Theory: Essa chegou meio do nada para mim e me deixou pasma com algo mais próximo da diversão de Friends que eu poderia ter. Me fez querer conhecer mais geeks como aqueles.


3. Gossip Girl: Eu sei, ao afirmar que gosto de GG estou me nivelando às outras meninas dez anos mais novas que eu. Mas aquele mundo de mode fácil, onde você compra um Loubotin como quem compra um pão é muito charmoso. Além do Chuck, que nos prova que o vilão é quem mais desperta a nossa libido mais secreta. Ele nos faz refletir o comum, o tom pastel e como essas coisas significam na postura de um homem.


2. House: Ironia sempre é um atrativo a mais. Quando vem acompanhado de medicina + Gregory House, fica imperdível. Ok, eu reconheço. Os casos que ele nos mostra acontece em uma a cada cem milhões de pessoas, ainda assim assistimos como se o dignóstico fosse do nosso vizinho. E ainda nos questionamos se não é verdade.


1. Seria injusto ocupar o primeiro lugar com alguma série deixando de lado todas aquelas que já não está no ar mas ainda assim ocupam esse lugar tão especial no nosso rol de melhores momentos ever da nossa televisão. Friends, Sex and the City, I Love Lucy, Seinfeld, Mad about you (eu sei, ficou uma lista bem particular minha porque nenhuma dessas é unanimidade, mas hoje não estou concentrada no meu lado democrático).


E quero ressaltar que outras séries não foram comentadas e que ainda assim merecem nosso carinho, como CSI Las Vegas e New York (porque ninguém merece o David Caruso), Lost, Samantha Who, 30 Rock, Californication (sem medo de ser feliz), The Tudors entre várias, várias outras. Ok, eu confesso, eu sou uma addicted em séries.

 
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