quinta-feira, 10 de abril de 2008

L'amour, pas pour moi

Sim, o amor é lindo. Mas também pode ser brega. E com esse pequeno manual, caro amigo, você vai evitar as terríveis gafes amorosas. E isso vale em qualquer meio: virtual, real e o surreal (porque tudo tem um limite e se você já o passou, aqui é onde você se encaixa). Esse post veio por meio de uma conversa com uma amiga sobre o que era brega no orkut e a primeira coisa que veio na minha mente foram as músicas.

Elas merecem um parágrafo à parte. E posso começar com a rainha da breguice Minnie Riperton com Lovin' You, uma ode aos corações apaixonados:

"Lovin' you is easy 'cause you're beautiful and making love with you is all I wanna do"

Sim, caros. Essa música existe, com direito à passarinhos alegres no fundo. Enfim, lembrar de uma pessoa encantada quando escuta a música - real - publicá-la como uma declaração -surreal. Isso é do tipo Whitney Houston ou Mariah Carey, são lindas para se pensar no amor, mas torná-los públicos é um pouco piegas demais. E olha que o amor já o é suficientemente. Outra que entra no rol das músicas excessivamente românticas é The Carpenters com Close to you:

"Why do birds suddenly appear everytime you are near? Just like me, they long to be close to you"

Vamos lá, é unânime. Um pouco demais não acham? Do estilo filmes da Disney quando a mocinha pobre e indefesa encontra o príncipe.

Poemas. Na teoria e na prática são belos, abstratos e lindos de se colocar no envelope e enviar à pessoa amada. O que tem de ruim neles é quando um, em particular, é o exemplo-mor de todos os outros, como Soneto da Fidelidade. E olha que gosto muito de Vinícius e ele não tem culpa nenhuma na história fora o fato de ser brilhante ao falar de amor. Enfim, cansa ver como o soneto é usado de uma forma tão "é isso aí" e nada mais. Nem um "olhe o verso tal e é isso que sinto por você". Necas. Se aplica porque já foi usado em excesso por novelas, músicas e propagandas, logo ele deve ser "bonitinho".

Mas o melhor é quando as fotos dos casais vêm acompanhadas com esses poeminhas embaixo. Uma montagem cor-de-rosa, estrelinhas piscando, o sol sorrindo, um casal super feliz e uma frase do tipo Shakespeare (sem menosprezá-lo, muito pelo contrário) acompanhando uma imagem. Bacana.

Eu não sou incrédula no amor como parece, mas acho que cada tipo é único. Uma música ou um poema para ser entregue ao ser amado (viu como posso ser bucólica?) tem de encaixar perfeitamente na história única e peculiar que um casal vive. O amor não precisa ser brega.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A corrida... por um projeto ainda distante


Como bem conhecem, queridos estudantes universitários, quando chegamos no fim de nossa jornada acadêmica nos deparamos com o temido, asqueroso, nojento, trabalhoso, penoso PROJETO FINAL.


Tema? Poxa, mas já? Não, não, peraí! Deixa eu pensar... Vale tudo? Tá, tudo que tiver relação com a Comunicação. Não, tranquilo. Quero falar da Ditadura Militar. Como não tem assunto novo na área? Óbvio que tem! Deixa eu ver. Posso falar das mulheres jornalistas da época. Não, não, desisto! Não existe uma. Opa! Peraí, essa história é interessante.


Vladimir Herzog. Pronto. É ele. Barra de rolagem, barra de rolagem. Achei! É, eu sei, professora, que a morte dele já foi desgastada e não se encaixa em comunicação. Excelente! Boa idéia essa de trabalhar com seus textos jornalísticos, ou melhor, com o profissional que Vlado era. É perfeito! Uma monografia ou um produto? É, monografia é mais teórico embora meu tema se encaixe melhor em um produto.


Agora tenho de correr atrás de bibliografia. Surpresa! Biografia por Paulo Markun? Perfeito. Lendo, lendo, lendo. Contexto e conteúdo. Achei! Um e-mail para entrar em contato com o autor, uma espécie de jornalismo humano. Cinco minutos depois a resposta: encaminhado para sua secretária e todas as matérias de Vlado em um Arquivo de Estado. Uau, cada dia mais apaixonada pelo tema. Um Nobel? Prêmio Esso? Ou mesmo um prêmio Vladimir Herzog? Devaneios são permitidos.

 
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