terça-feira, 9 de setembro de 2008

Eu procuro meu futuro


Depois de quatro dias, várias cochiladas e na segunda tentativa da minha vida, consegui terminar de assistir JFK - A pergunta que não quer calar, de Oliver Stone. Logo me explico: o filme é excelente, mas seu tempo passa das três horas e é pouca ação para muito assunto. E quando acaba, você se sente com um espírito de "eu-posso-ajudar-meu-país".

Para quem não sabe, a obra da sétima arte narra a história real de Jim Garrison, único advogado a abrir um processo contra os assassinos de John Kennedy. O super-ultra é a imagem amadora feito por Abraham Zapruder que mostra o exato momento do assassinato. E ao longo você percebe como ainda tem muito a ser contado por tudo que aconteceu. A frase que mais me marcou foi quando Kevin Costner fala, ao assistir a chamada da morte do ex-presidente americano, que aquele era o dia que ele teve vergonha de ser americano. Depois de ver e assimilar toda aquela história, não mudaria as suas palavras.

Não passo de uma revolucionária do sofá, com várias idéias, argumentos e posições mas que não move um nada para mudar o mundo. A minha posição é que os Estados Unidos criaram uma esfera em que se julgam onipotente. Criam guerras e omitem fatos. Existem aquelas coisas que morrerei sem saber se aconteceu realmente, como as famosas Teorias da Conspiração: o homem realmente pisou na Lua? O ataque às Torres Gêmeas realmente foi executado por ideais de Osama Bin Laden? Por que sabemos tão pouco? E se isso faz falta para uma brasileira, imagino para um norte-americano politicamente engajado.

Eu não acredito muito no que é mostrado. Concordo que como estudante de jornalismo fui programada a perceber que tudo não passa de um corte da realidade, em que prevalecem a visão e os interesses pessoais de quem transmite a informação. Mas certas situações não precisam dessa visão jornalística, são evidentes.

Ontem passou United 93, de Paul Greengrass, na Globo. Eu já o tinha assistido no cinema e quando o vi novamente, pensei em tudo que assisti em JFK e percebi como pouco chega a nós. Tenho de confessar que tenho medo do que ainda pode vir com base no que já foi.

O Brasil passou por situação semelhante durante o período da Ditadura Militar, em que vários documentos foram escritos erroneamente de forma a favorecer o Governo brasileiro e outros ainda foram destruídos. Há alguns anos vimos que muitos desses escritos foram queimados. Eu aprendi na quinta série que História serve, com base analítica do passado, para entender o presente. Se o presente é omitido e o passado é apagado, o que podemos esperar de história no futuro?


2 delírios:

Mônica Plaza disse...

Só podemos esperar por pessoas cada vez mais alienadas e norte-americanos cada vez mais hipócritas que se acham os donos do mundo, quando, na verdade, não passam de uns manés que não sabem de nada e são enganados pelos seus comandantes totalitários. (Só para deixar claro que não são todos também né?)

Branco disse...

5 meses depois...
É que eu só descobrí esse lugar hoje. Esperimenta assistir O Atirador (com o Mark Wahlberg). É um filme de ação bobinho com pinceladas de teoria da conspiração mas é legal e faz umas perguntas parecidas com as que vc fez. E não acredite em nada do que vc vê nos jornais, eles mentem...

 
template by suckmylolly.com : background by Tayler : dingbat font TackODing