segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alô, vida? É a privacidade que fala


Minha irmã casou ontem. E sabe o que foi mais engraçado? A quantidade de vezes que escutei o "só falta você", "quando vai ser sua vez", "e agora?". E sabe o que eu penso (e que talvez não faça a mínima diferença pra ninguém)? Que meus 25 anos, meu histórico familiar com namoros longos, meu desemprego (ou minha disponibilidade pro mercado de trabalho), minha vontade de realizar absolutamente TUDO antes de dar um passo como esse, meu medo; não me abalam.
Juro que não é minha culpa que tudo isso seja um empecilho, juro que gostaria que as coisas fossem diferentes ou tivessem sido, juro que eu gostaria de ser normal e sonhar com isso. E antes que me julguem, já sonhei. Antes sabia de tudo como gostaria, quais seriam as músicas, qual o vestido, para onde iríamos na lua de mel, as cores da festa, os convidados... E ainda assumo que isso foi um pouco despertado durante esse período de festas da minha irmã. Mas depois que tudo acabou, depois de acompanhar o processo pela primeira vez, vi que tudo é lindo, só não compensa o esforço. Tudo não deixa de ser um mercado, que talvez eu faça parte ou não; talvez só viva junta com o homem da minha vida em um bangalô.
Essas cobranças, essa magia... É tudo tão estranho! O casamento perdeu um pouco da essência de ser um momento especial e virou uma obrigação com a sociedade. Eu, talvez mais do que ninguém, não gosto de me sentir pressionada. Já basta a pressão das outras partes da sua vida, agora pressionam a sua vida pessoal. Essa necessidade humana de saber tudo sobre tudo, de conhecer cada pessoa nos seus mínimos detalhes, e o pior: a necessidade de se sentir no direito de decidir quando e como as coisas na sua vida devem acontecer. E se isso fosse algo real, volto a repetir o que já escrevi em um post atrás: se eu pudesse escolher o meu destino, acharia o homem da minha vida com 28, moraríamos junto aos 30 e casaríamos aos 32. Simples assim.
A grande verdade é que ainda temos de cumprir esses protocolos irritantes e os quais tento a todo custo bular. Meu namorado não é nenhum Simba a quem eu tenha de apresentar em uma cerimônia para toda a selva de pedras. Meu relacionamento é só meu e da outra pessoa, não diz respeito a mais ninguém. Por isso, caro leitor-invisível-porque-todos-acham-que-esse-blog-não-existe-mais, não se espante se receber um convite para meu casamento daqui 7 anos e pensar: Ué, e a Laura tinha namorado? Não, não é sua culpa. É culpa da sociedade.

1 delírios:

Daniel disse...

Uai, achei que tu tinha fechado o blog! Não sabia que tinha mudado o link.

É por isso que acham que teu blog é invisível, kkkkkk

E essa pressão da sociedade é uma merda mesmo. Depois de casar, tu ainda tem que aguentar o povo enchendo o saco: "E ae, quando vem os filhos? Tá passando da hora, hein?"

Meu irmão fica puto com esse comentário, huaehuaeh.

Aliás, tu tem namorado??? Desde qd? Escondeu de todo mundo mesmo hein.

Ps: esse blogger tá bugado. Recebi teu comentário no email, mas no meu blog não tá aparecendo =/

 
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