segunda-feira, 3 de maio de 2010

Caro Anônimo


Momento: cursinho para concurso.

Saudade: do que já foi vivido e não se volta atrás.

Missão: "clichemente" falando, ser feliz.

Caro anônimo, a vida adulta é um porre. Não pense que eu gosto de acordar às 6:30 da manhã para ter aulas de Direito Administrativo durante quatro horas e feliz da vida. Não, nem um pouco. E te conto mais: ter amigos compromissados é difícil quando se é solteira. Os amigos homens são homens, não compartilham momentos estrogênios com você, do tipo olhar vitrines, comentar do cara bonito que passou, apreciar um simples momento de café... Pequenas coisas. Não ter dinheiro para seus planos pessoais?? Pfff, pior ainda.

Talvez esse momento que eu estou na minha vida seja o mais dificil que já vivi. Ser solteira, sem emprego, sem dinheiro, sem perspectivas reais, sem amigos solteiros... Amigo (a), vou te falar que não é fácil. Mas eu tenho de arrumar maneiras para driblar toda essa pior parte da minha vida. Não quero mudar sua vida, mas vou te mostrar como faço para não tornar todas essas situações em tristeza.

Cursinho para passar em concurso: arrume um(a) crush. Pode não ser seu estereótipo perfeito, pode não ter nada a ver com você, pode nem sequer ser bonito, mas pelo menos é algo para se prestar atenção quando a aula está insurpotável. E eu bem sei que talvez nunca passe em lugar nenhum por conta disso, mas pelo menos deixa suportável o que é insuportável.

Roda de amigos compromissados: minha tática é sempre ser saudosa. Quando o assunto é chato, quando não se tem nada a acrescentar, eu sou completamente autista. Fico com minhas lembranças, pensando no que já foi, no tanto que as pessoas nem têm ideia do que já vivi... Vou dizer que nem sempre dá certo, na maioria das vezes o jeito é escutar todas as histórias de como as pessoas se conheceram ou de briguinhas que tiveram.

Amigos homens: não sei se você é mulher ou não, mas meu nível de estrogênio é alto e ficar no meio de homens por muito tempo pode ser desconcertante. Mas eles são legais, eu digo que se fosse o homem, seria o mais gay do mundo porque eles me divertem e discutem sobre tudo. Por mais que tenha de escutar que nem casável eu sou. E dizer isso para uma mulher é uma ofensa.

Falta de emprego: bicos. A palavra chave é sempre bicos. Eu topo qualquer coisa, mesmo o que não tenha a ver com meu diploma. QUALQUER coisa. Isso me faz ganhar uns trocadinhos e poder sonhar com uma próxima viagem.

Morar com os pais: esse talvez seja o mais difícil. Depois que se mora sozinha, até ir para um supermercado te remete a uma vida que já foi vivida e que provavelmente vai demorar para acontecer de novo. Tem suas vantagens, a segurança, a falta de preocupações... Mas eu acho que tudo isso faz parte do plano da vida. E eu não vejo a hora de poder viver novamente. Não que meus pais intrometam, muito pelo contrário. É apenas a vontade de uma responsabilidade.

A idade: é apenas um número.

Dinheiro: vide tópico trabalho.

Eu acho que quando a tristeza chega para abater, a melhor forma é fugir dela. Se for para chorar, que seja com a música mais alegre do mundo debaixo de um chuveiro. Se for para sofrer, que seja de amor, não pela vida. Porque essa, caro anônimo, eu tenho certeza que vai dar certo. Pra mim e pra você. Eu sei que aparento ser extremamente Pollyanna, mas é que acho que tudo tem seu lado positivo e cabe a nós descobrir qual é o dos nossos problemas. Se você acha que a sua vida está ruim, sempre tem outra pior. A minha pode ser, mas temos de pensar que só se vive uma vez, como na música da Banana Split.

1 delírios:

Daniel disse...

kkkkkkkkkk, hoje eu postei um tópico quase igual ao teu!

To achando que a maioria dos concurseiros tão na merda e pensam igual a gente mesmo.

No mais, essa sentença não ficou muito legal não, hein: "Eu topo qualquer coisa, mesmo o que não tenha a ver com meu diploma. QUALQUER coisa."

xD

 
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