terça-feira, 6 de julho de 2010

Nenhum "eu te avisei"...

A cada dia fico mais inconformada de ninguém ter me avisado como seria minha vida depois de formada. Nenhum aviso, nenhum "I told you so"... Necas! Na minha imaginação um tanto quanto ingênua, pensava que assim que saísse estaria empregada, em um super emprego, com um super carro, um Tiffany's na minha mão direita e de malas prontas para um apartamento novíssimo de frente para o mar. Não, a situação foi o desemprego, uma bijouteria e sem malas prontas.

Depois que terminei Jornalismo, decidi embarcar em uma aventura do outro lado do planeta. A experiência não podia ter sido melhor. 5 meses de uma vida de responsabilidades que tão cedo levaria aqui. E mais uma vez ninguém tinha me avisado que seria tão difícil voltar quanto foi para ir. É como se tivéssemos o gostinho de uma vida independente, quando cada dia é uma novidade, novas experiências e PUF! Eis que você está dentro de um avião de volta para a casa dos seus pais, para uma realidade sem perspectivas a curto prazo. Se tivessem me avisado que era tão complicado voltar, teria estendido o fato.
Há alguns anos, quando assistia àquelas propagandas de amigos na praia, viajando juntos com um super carro, curtindo a vida com toda a alegria jamais impensável que poderia existir; eu acreditava que a vida era daquele jeito. Novamente, ninguém me alertou de nada. Emprego, casamento, namoro, outros interesses. Tudo isso afasta o "sonho jovem" da minha realidade. E nem vou comentar o que seriados como Friends fizeram nesse meu surrealismo real.
E quando você se apaixona, conta para todos os amigos os sinais que ele envia e, ao invés de te falarem "toma cuidado, as coisas não são assim", te dizem: vai fundo, ele está super interessado. Daí você chega, o empurra contra a parede e ele simplesmente: não sei, vamos ver no que vai dar. Com licença, deixe eu apenas apanhar a minha cara que caiu no chão. Vou apenas recolocá-la e volto logo.
Pitaco, conselho, aviso, lembrete, conversa, diálogo, monólogo... Qualquer coisa, seres humanos. Se a vida fosse um desenho animado, que o Geninho fosse o super herói.

2 delírios:

Daniel disse...

Hahahaha, se tu tivesse conversado comigo antes de se formar, eu já tinha te dado a real.

Mas alguns pontos eram fáceis de se perceber mesmo ainda na faculdade:

1) Super carro no Brasil é coisa para pouquíssimas pessoas! Primeiro que aqui só se fabrica carroças. O mais próximo que você vai conseguir de um super carro, como o da situação que você descreveu dos amigos viajando, está acima dos 100 mil reais.

2) Nem faz tanto tempo assim que moradia por aqui já virou algo surreal. Novamente, comprar uma quitinete que seja, já é uma vitória para pouquíssimas pessoas. Lembre-se: uma quitinete aqui custa a partir de 200 mil reais e olhe lá.

Tudo isso que você descreveu, eu já sonhei, e ainda sonho. Mas o Brasil não ajuda. Dae é essa merda toda. Tu tem que se contentar em ter um carrinho populareco tosco e morar de aluguel, caso queira sair da casa dos pais.

E o super emprego? Pff, só no serviço público ou se você montar o teu próprio negócio. Infelizmente.

Mas também nem tudo é ilusão na tv. Como exemplo do Friends que você citou, lembre-se que todos eles moravam de aluguel, não tinham carro e não tinham um super emprego =D

Estéfano disse...

laurinha nao escuta o daniel. eh foda mesmo, eh tudo mto ideal, mas eu penso q a gente tem q correr atras do nosso sonho. temos q batalhar mto, estudar, trabalhar, estudar e estudar. lembre dos 1% de inspiraçao e os 99% de transpiraçao. e eu sai da minha carreira, designer eu to mto fudido, mas eu nao quero um servico publico. ai eh a nossa escolha, ou a gente c contenta com qq merda ou corre atras ;)

 
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